Você provavelmente já sabe que a bandeira vermelha em sua conta de energia significa uma conta mais cara. O que talvez você não saiba ainda é que existem níveis de bandeira vermelha e em quais circunstâncias elas são cobradas em sua conta. Neste artigo vou te mostrar tudo que você precisa saber sobre essa tarifa e como ela impacta no valor final da sua conta de energia.
Índice
Surgimento da bandeira vermelha
A criação desta taxa extra nas contas de energia elétrica foi feita no ano de 2015, quando a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) criou um sistema de bandeiras tarifárias para as contas de energia elétrica. O intuito deste sistema era o de compensar os custos extras para geração de energia elétrica em períodos de estiagem.
Neste ponto, é importante que você saiba que em 2015 a matriz elétrica brasileira era fundamentalmente de uma única fonte de energia, as hidrelétricas. Sendo elas responsáveis por 75% de toda a geração de energia elétrica do país. Nesse período a geração de energia solar não chegava a 1% e a eólica representava aproximadamente 8%. Logo, a situação era realmente crítica em períodos sem chuva e baixa nos reservatórios.
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Agora, em março de 2024, as hidrelétricas representam 51,51% da matriz elétrica brasileira. Sendo que a solar está em 6,34% e a eólica 14,79 segundo a Aneel. Essas informações você pode conferir no portal da Aneel.
Patamares de bandeira vermelha na conta de energia
É importante destacar que os patamares das bandeiras vermelhas são baseados no nível de escassez dos reservatórios das hidrelétricas. Ainda que a porcentagem de participação delas na geração de energia do país tenha diminuído, elas ainda desempenham um papel fundamental em nossa matriz elétrica.
Bandeira vermelha – patamar 1
Recentemente a Aneel aprovou uma consulta pública para reduzir o valor cobrado pelas bandeiras tarifárias. Isso é uma boa notícia para o consumidor final e uma amostragem do que a diversificação da matriz elétrica pode gerar, uma vez que passamos a não depender tanto de uma única fonte de geração de energia elétrica.
A bandeira vermelha é a taxa mais alta e quando a situação está mais crítica nos reservatórios das hidrelétricas, sendo que o patamar um 1 é o estágio mais leve já de uma situação crítica. O valor da tarifa quando se está nesse patamar de cobrança é de R$44,63 por MWh utilizado, isso quer dizer que o calor teve uma redução de 31% em relação ao que era cobrado anteriormente.
Bandeira vermelha – patamar 2
Sendo o patamar mais crítico das bandeiras tarifárias, ele é cobrado apenas em situações extremamente adversas para a geração de energia elétrica nas hidrelétricas. Apesar de também ter sofrido uma redução no valor da tarifa, ficando em R$78,77 por MWh utilizado. Foi uma redução de 20% no valor.
Outros tipos de bandeiras tarifárias
Existem ainda outros dois tipos de bandeiras tarifárias que são cobradas em situações menos críticas. São elas a bandeira verde e a bandeira amarela.
A bandeira verde é considerada como uma situação normal, quando não existe escassez hídrica e as hidrelétricas conseguem manter a geração de energia elétrica sem maiores desafios. Logo, ela não gera nenhum tipo de cobrança extra.
Já a bandeira amarela é um sinal de alerta, de que os níveis de água nos reservatórios estão baixando e assim é necessário um esforço extra na geração de energia. Isso começa a impactar os custos, gerando uma tarifa de energia um pouco maior.
Após a aprovação das reduções dos valores das tarifas, a tarifa de bandeira amarela será de R$18,85 por MWh utilizado, sendo uma redução de 37% em relação ao que era cobrado anteriormente.
Soluções para economia na conta de energia
Mesmo com as recentes reduções das tarifas, a sua conta de energia elétrica ainda sofre impactos e aumentos recorrentes devido a inflação, seja na bandeira vermelha ou verde.
A inflação faz com que sua conta de energia se torne mais cara a cada ano e a longo prazo isso faz com que você tenha prejuízos que poderiam ser evitados utilizando por exemplo um sistema de geração de energia solar fotovoltaica na sua residência ou empresa.
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Se você pegar o recorte de 2015 até 2022 a inflação foi de 16,6% ao ano, isso quer dizer que uma conta de energia que em 2015 era de R$500, utilizando a mesma quantidade de energia, essa mesma conta seria de R$1438,89 em 2022. Ou seja, em um intervalo de 7 anos, sua conta de energia quase triplicou, isso sem contar a aplicação das bandeiras tarifárias.
Um sistema de geração de energia solar fotovoltaico tem vida útil de 25 anos aproximadamente. Ou seja, são 25 anos gerando sua própria energia e pagando apenas a taxa mínima de energia para a concessionária. Sendo hoje em dia um dos melhores investimentos a longo prazo, rendendo mais que Poupança e CDB por exemplo em termos de retorno sobre investimento.
Se um sistema fotovoltaico é interessante para você, imagine agora para uma padaria do seu bairro, para uma fábrica de sorvete, para um frigorífico ou para uma indústria cujos gastos com energia elétrica são super elevados. Por esse motivo o setor de energia solar fotovoltaica, ou seja, a instalação de sistemas que geram a própria energia com a luz do sol, tem crescido tanto nos últimos anos. Se você quiser entrar para esse mercado e se tornar um integrador solar profissional lucrando até 23.000 por mês, confira nosso treinamento completo Energia Solar Lucrativa
Conclusão
Como você deve ter percebido, a tarifa de bandeira vermelha é cobrada em situações muito específicas e críticas na geração de energia. Além disso, a diversificação da matriz elétrica brasileira já tem apresentado impactos com redução desta tarifa, uma vez que ao deixarmos de depender exclusivamente de uma fonte de geração de energia, suas dificuldades nos impactam menos.
Também é importante destacar a oportunidade de reduzir mais ainda sua conta de energia elétrica entendendo melhor sobre sistemas de geração de energia solar fotovoltaicos e como eles tem ajudado na geração cada vez maior de energia renovável, limpa e sustentável. Além de aliviar as contas de energia de muitos brasileiros e brasileiras.