Fator de simultaneidade na energia solar

fator de simultaneidade

Na elaboração de um projeto de energia solar, diversos aspectos são considerados para garantir que o planejamento atenda plenamente às necessidades da sua casa ou empresa. Um dos elementos a ser avaliado é o fator de simultaneidade, uma ferramenta essencial que pode ajudar a reduzir os gastos com a conta de luz.

Deseja compreender como o fator de simultaneidade pode afetar o desempenho do seu sistema de energia solar? Confira todas as informações necessárias neste artigo.

O que é o fator de simultaneidade? 

O fator de simultaneidade tem uma importância fundamental na energia solar, pois demonstra a relação entre o consumo imediato de energia e a capacidade total de geração do sistema fotovoltaico. Essa métrica possibilita o cálculo da potência necessária para suprir a demanda energética de uma residência ou empresa.

Ao se analisar a geração de energia solar, é essencial lembrar que essa produção varia ao longo do dia, conforme a incidência solar. O fator de simultaneidade leva em conta o momento em que a energia é consumida, ligando-o à quantidade de energia gerada naquele exato instante.

Por exemplo, se uma casa consome mais energia durante o dia, quando há maior luminosidade solar, seu fator de simultaneidade será mais elevado em comparação ao consumo da mesma quantidade de energia à noite.

Dessa forma, esse valor é expressado em porcentagem e considera o período de maior necessidade elétrica.

A Importância do Fator de  Simultaneidade na Economia de Energia Solar

A otimização do fator de simultaneidade pode resultar em uma economia maior para o consumidor, tornando-se assim um aspecto relevante. Esses dados podem ser utilizados para estratégias planejadas que otimizem o fator de simultaneidade e, consequentemente, aumentem a economia do cliente.

Dessa forma, quando o fator de simultaneidade é elevado, ocorre um consumo maior da energia solar disponível no momento, diminuindo a quantidade de energia que é injetada na rede elétrica. Isso leva à redução da dependência em relação à energia da rede e proporciona uma economia superior para o consumidor

Importância de calcular

Esse é um fator que pode trazer grande impacto no desempenho do seu sistema de energia solar fotovoltaica.

Vamos supor por exemplo que você tenha uma empresa que funciona apenas em horário comercial e que tenha sol. A sua ideia é que o sistema fotovoltaico supra a necessidade de uso da empresa sem necessidade de armazenagem. 

Logo, você precisa de um sistema que supra a necessidade energética instantaneamente, ou seja, que gere a energia suficiente para manter tudo funcionando. Assim não há a necessidade de instalar um sistema fotovoltaico que gera mais energia do que você precisa para alimentar o funcionamento dos equipamentos. Afinal a sua necessidade não é a geração de créditos de energia nem armazenagem. 

Como calcular o fator de simultaneidade

O cálculo é bem fácil de ser feito, basta colocar em uma fórmula simples:

fator de simultaneidade = Autoconsumo / Energia total gerada

Dessa forma, você deve considerar também as tarifas aplicáveis a injeção de energia na rede elétrica da concessionária, o famoso Fio B. Logo, quanto menos você depender dessa injeção melhor. 

Como aumentar o fator? 

Para otimizar o fator de simultaneidade e, por consequência, aumentar a economia com energia solar, existem diversas estratégias que podem ser adotadas. Algumas delas são:

  • Alinhe as cargas elétricas para que consigam aproveitar a energia solar produzida ao mesmo tempo em que estão sendo consumidas;
  • A aplicação de sistemas de controle de injeção na rede possibilita uma gestão mais eficiente da energia excedente com a Rede Zero;
  • As pessoas utilizam baterias para guardar o excesso de energia, permitindo seu uso posterior, quando a geração solar for menor.

Na realidade, é fundamental analisar qual abordagem é mais adequada para cada consumidor, uma vez que cada estratégia possui suas vantagens e particularidades.

Observações importantes

É importante que você verifique se a energia que o seu sistema gera é maior ou menor que o consumo da sua residência ou empresa. Sendo que se for menor o fator de simultaneidade será igual a 100%. Isso quer dizer que toda a energia gerada está sendo consumida imediatamente e não está injetando nenhuma energia na rede da concessionária. 

Mas se a geração for maior do que o consumo, quer dizer que o sistema está gerando uma energia excedente que será injetada na rede elétrica, gerando créditos para que possam ser abatidos na sua conta de energia elétrica. Mas que também será descontada  a porcentagem da TUSD de forma progressiva, seguindo a lei 14.300.

Um pouco sobre a Lei 14.300

A Lei 14.300 trouxe mudanças significativas para quem não possui um sistema fotovoltaico. A lei prevê incentivos fiscais, reduções de impostos, isenções de encargos e financiamentos para ajudar a reduzir o custo de instalação de um sistema fotovoltaico. A lei também estabeleceu regras para a regulação do setor, incluindo tarifas, regulação de investimentos e promoção de políticas de qualidade e segurança. 

Além disso, a lei prevê incentivos para a formação de parcerias entre empresas privadas e públicas para desenvolver projetos de energia solar. Estes incentivos ajudarão a aumentar a competitividade do setor e ajudarão a aumentar o uso da energia solar no Brasil. 

A lei também estabeleceu critérios para a qualidade da energia solar produzida, garantindo que a energia produzida seja segura para o consumidor. Além disso, a lei prevê a contratação de empresas de serviços especializadas para acompanhar e supervisionar os projetos de energia solar, assegurando que eles atendam às exigências de qualidade. 

Atualmente, os sistemas de geração distribuída operam com um modelo de compensação, popularmente conhecido como créditos de energia. O proprietário da usina recebe um crédito na conta de luz pelo saldo positivo de energia gerada e inserida na rede, após descontar seu consumo total. Além disso, o consumidor que usa essa modalidade é isento de pagar algumas tarifas, como a da utilização do sistema de distribuição. Esta é uma das principais mudanças e a que mais gera dúvidas na nova lei.

Com a nova regra estabelecida pela Lei 14.300, existirá um custo adicional para aqueles que injetarem energia na rede elétrica, conhecido como “pedágio”. Este pedágio é proporcional ao custo de utilização da infraestrutura local, representado na tarifa como “Fio B”. Desta forma, a falta de um sistema fotovoltaico significa continuar a pagar o preço completo pela energia elétrica, incluindo o custo adicional do “pedágio”. 

LEIA MAIS: Lei 14300: Tudo que você precisa saber

Conclusão

De forma resumida, o fator de simultaneidade é um conceito fácil de compreender, mas que frequentemente não recebe a devida consideração e relevância ao se projetar um sistema de energia solar fotovoltaica.

Isso se torna especialmente relevante após a implementação da Lei 14300, que regulamentou o setor de energia solar. É essencial compreender todos esses conceitos e estar atento às novas informações para desenvolver sistemas cada vez mais eficientes e acessíveis.

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