Você com certeza já ouviu em algum lugar o termo “gato de energia” ou até conhece alguém que já fez. Você sabia que essa prática pode afetar até mesmo um projeto de energia solar? E quem paga a conta final por essa energia roubada é o consumidor que não tem nada a ver com isso.
Índice
O que é o gato de energia:
É uma prática conhecida por adulterar o consumo de energia de uma residência ou empresa. Normalmente ele é feito de duas formas, ou adulterando o medidor de energia da concessionária ou desviando energia antes de passar pelo medidor do imóvel com o objetivo de ocultar a medição e reduzir o valor da fatura de energia elétrica.
Assim, o gato de energia pode ser feito tanto por um cliente da concessionária de energia como por uma pessoa qualquer que apenas resolveu realizar uma ligação clandestina diretamente na rede elétrica.
É importante salientar que essa prática é considerada um crime, como um tipo de furto e se comprovado, o indivíduo pode responder em escala criminal e pagar uma multa para a concessionária de energia elétrica.
Como identificar
Para profissionais que trabalham com energia solar é importante saber identificar alguns tipos de gato de energia. Dessa forma, evitando dores de cabeça e instruindo os futuros clientes durante a visita técnica para que eles regularizem a situação.
Desvio de energia do medidor:
Normalmente nesses casos é realizado um desvio no eletroduto antes dos cabos chegarem no medidor. Na prática é quebrado o eletroduto e feito um desvio nos cabos entre o ponto de entrada da concessionária e o ponto da conexão local, onde fica localizado o medidor.
Dessa forma, parte da energia que chega ao imóvel deixa de ser registrada. Outra possibilidade também é desconectar os cabos das fases que chegam no medidor de entrada ou saída e conectá-los em um único ponto.
Violação do lacre do medidor de energia
Esse é um outro tipo de gato de energia e que é mais fácil de ser identificado. Neste tipo de fraude o lacre do medidor é rompido da caixa de medição, além do rompimento dos próprios lacres do medidor de energia, tendo assim, acesso a parte interna do equipamento, onde é feita a adulteração da calibração.
Queima de bobina do medidor
É um tipo de fraude mais sútil que provoca a queima da bobina do medidor através da injeção de corrente contínua na bobina. Dessa forma, não é preciso romper o lacre. Uma vez que a bobina é projetada para funcionar com corrente alternada, injetando corrente contínua ocorre o aquecimento dela e danifica o isolamento das espiras causando um curto circuito.
No entanto, essa bobina pode ser danificada por uma descarga atmosférica, porém o vestígio deixado costuma ser diferente, logo, é possível identificar se foi um curto circuito provocado ou acidental.
Cuidado
A verdade é que por mais imperceptível que o gato de energia tenha sido feito, o principal indício está totalmente aparente, que é a queda drástica do consumo de energia elétrica. Claro que o consumo de energia pode de fato diminuir pela falta de uso, entre outros fatores. Mas isso com certeza liga um alerta de inspeção na rede daquele usuário.
Fato é que o número de profissionais capacitados para realizar uma vistoria de suspeita de fraude não condiz com a demanda de suspeitas de gato de energia. Logo, muitas vezes a inspeção pode demorar anos após a detecção das alterações no consumo de energia. E é aqui que vem o enorme problema.
Consequências do gato de energia
Caso seja comprovada irregularidades, ou seja, o gato de energia no imóvel, a concessionária de energia vai realizar um cálculo da energia que deixou de ser faturada, conforme estabelecido pela Resolução 1000 da ANEEL e então será emitida uma carta de comunicação contendo todas as informações sobre o cálculo referente ao período em que houve o consumo sem o devido pagamento.
Assim, para saber a receita a ser recuperada e o período de duração da irregularidade, a concessionária vai determinar tecnicamente ou através de análises do histórico de consumo de energia e demanda de potência. No caso de não ser possível identificar o período de duração da irregularidade, ele será limitado aos 6 ciclos imediatamente anteriores. Sendo o prazo máximo de cobrança retroativa de até 36 ciclos.
Mas pode ficar ainda pior, pois essa prática é considerada um crime e em alguns casos ocorre uma denúncia por furto ou estelionato. O que define o tipo de crime cometido será o modelo do gato de energia realizado. Se o desvio foi realizado antes da energia chegar ao medidor, então será caracterizado como furto. Já se o gato de energia foi realizado através da alteração das características do medidor, então é estelionato.
Em caso de furto a pena é de reclusão de um a quatro anos mais multa. Já para estelionato é de um a cinco anos mais multa. Provavelmente você nunca ouviu falar de alguém que já foi preso por essa prática, porque isso não ocorre com frequência. O mais comum é que a pessoa realize o pagamento da multa correspondente a prática ilegal antes do recebimento da denúncia. Assim, ocorre a desoneração da pena.
Conclusão
Desta forma, quem realiza o gato de energia não está enganando a concessionária de energia, pois a própria redução de consumo já os alerta sobre a prática. Quando uma fraude de energia é descoberta, isso implica em multa proporcional à energia consumida indevidamente, sem contar com as punições criminais que irá sofrer.
Além disso, o prejuízo não é da concessionária de energia, mas sim dos demais consumidores que vão pagar pela energia desviada através de suas tarifas de energia.
Mas eu tenho a solução para aqueles que querem economizar na sua conta de energia sem precisar utilizar de meios criminosos ou ilegais para isso. A solução é bem simples, investir em um sistema de energia solar fotovoltaica. Onde você poderá reduzir significativamente o valor da sua fatura de energia, valorizar seu imóvel e alcançar um rápido retorno sobre o investimento. Tudo sem infringir nenhuma lei.