Se você está pensando em empreender ou já tem uma empresa, é preciso explorar suas opções de financiamento. Para ajudar, convidamos um especialista em Economia para explicar tudo que precisamos saber sobre financiamento, linhas de crédito e mais!
Índice
Como funciona um financiamento?
Começando pelo famoso começo, temos que definir que o financiamento é uma antecipação de crédito, onde temos de um lado quem precisa do valor, justificando inclusive o porque, e do outro lado uma instituição capaz de forneces os valores de forma imediata e que também pode aguardar o prazo das parcelas para receber o mesmo de volta.
Após a proposta comercial, chegamos a um valor que vai nos guiar na escolha de qual banco ou instituição solicitar nossa avaliação de credito. Tudo isso agora vai passar pela famosa e temida as vezes, analise de credito! O fator mais importante da analise de credito é o tão temido SCORE.
O que é o score?
De maneira simples, o score nada mais é do que uma pontuação que indica o quanto uma pessoa é capaz de honrar com os seus compromissos financeiros em um determinado período.
A lógica é a seguinte: quando uma instituição financeira vai conceder crédito a um cliente ou uma empresa pretende realizar uma venda parcelada, é necessário saber se essa pessoa tem o perfil de um bom pagador e honrará a dívida conforme o contrato. É justamente aí que o score entra!
Na prática, por meio da pontuação do score, empresas e bancos, por exemplo, podem avaliar os riscos de conceder crédito a um determinado cliente, levando em consideração o seu comportamento recente no mercado, o seu histórico de movimentações e a sua relação com empresas e instituições financeiras. Dessa forma, a decisão se torna mais segura e baseada em dados concretos.
Quais a faixas de pontuação do SCORE?
Então, a sua faixa de pontuação varia de 0 até 1.000 pontos. Dessa forma, quanto maior for essa pontuação, mais bem-vista será a pessoa diante do mercado financeiro e mais fácil será para ela conseguir serviços dessa natureza — como um empréstimo, um financiamento ou mesmo um cartão de crédito.
Para definir a pontuação de cada pessoa, o score utiliza uma série de variáveis e características do indivíduo. Podemos listar as seguintes:
- Histórico de pagamento de dívidas dentro do prazo;
- atualização dos dados cadastrais;
- históricos de eventuais atrasos no pagamento de dívidas;
- existência de dívidas em aberto;
- existência de inscrição presente ou recente em órgãos de proteção ao crédito;
- nível de atividade financeira do indivíduo no mercado;
- histórico de solicitações de crédito;
- utilização de outros serviços financeiros;
- entre outras.
Na prática, inúmeros podem ser os fatores que interferem no cálculo do score. No entanto, as que listamos estão entre as que mais pesam no processo. Por isso, é fundamental ficar de olho nesses pontos caso queira aumentar o score.
Qual a diferença de um score bom ou ruim?
Como dito, quanto maior for a pontuação, mais bem-visto é o consumidor no mercado. Por isso, o ideal é sempre buscar aumentar o score, já que isso pode facilitar bastante o acesso a serviços financeiros de bancos e outras instituições.
Em regra, um score é considerado ruim quando a pontuação está abaixo dos 300 pontos. Nessa faixa, o cliente é avaliado como de alto risco de inadimplência. Por esse motivo, será mais difícil para ele conseguir um financiamento ou um empréstimo com juros menores, ou mesmo um bom cartão de crédito.
De 300 a 700 pontos, por outro lado, já estamos na faixa mediana do score. Aqui, o cliente é avaliado como de risco médio. Desse modo, pode ser mais fácil ter acesso a serviços financeiros com condições mais benéficas e juros mais atrativos, por exemplo — mas ainda é possível melhorar!
Por fim, na faixa acima dos 700 pontos, o score é considerado como bom e os riscos de inadimplência do consumidor já são avaliados como pequenos. Desse modo, é bem provável que esse perfil de cliente não encontre dificuldades para obter um financiamento, um empréstimo ou aquele cartão de crédito com inúmeras vantagens, por exemplo.
No entanto, é importante lembrar que os bancos e instituições financeiras não utilizam apenas o score como indicador para decidir sobre a concessão ou não de crédito. Por isso, score alto não é certeza de aprovação de crédito imediato.
O score como visto engobla muitos aspectos da saúde financeira de uma pessoa, o próximo termo que eu quero apresentar para você nesse nosso caminho no mundo dos financiamento é o da TAXA de JURO e SELIC.
Taxa de juros (SELIC)
Todos sabemos que todo financiamento bancário está atrelado a uma Taxa de Juros aplicada pelo Governo, a famosa Taxa Selic. Só para refrescar a memória de todo mundo, vamos ver o que ela é, como ela funciona e se aplica e porque hoje ela está tão alta, ok?
O significado da sigla é Sistema Especial de Liquidação e Custódia, nome complicado né? Mas não vamos ficar aqui falando da parte complexa do assunto! Simplificando, a Taxa Selic é um sistema usado pelo Governo (através do Banco Central) para controlar a emissão, compra e venda de títulos, ou seja, é um grande termômetro de quanto está “custando o dinheiro” no pais. Tudo isso envolve a relação entre eu e o banco, entre o banco e o meu fornecedor chegando até eu e o meu cliente.
A taxa Selic tem relação direta com a Inflação, sabe porquê? Se a taxa de juros está alta o crédito (financiamento que eu vou procurar no banco) fica mais caro, concorda? Se conseguir um financiamento e usar este dinheiro para um investimento que eu quero realizar ficou mais caro aumenta a chance de eu esperar condições melhores de mercado para abrir uma empresa, para ampliar meu negócio ou até aplicar o dinheiro em um sistema fotovoltaico. Se eu não pegar o dinheiro do banco e comprar os módulos, contratar um instalador, comprar todos os equipamentos, e tudo mais esse dinheiro vai ficar guardado lá no banco e não vai “vir pra rua”. Quanto maior a quantidade de dinheiro em circulação, ou como brinquei antes “na rua”, maior será a inflação.
O Brasil vem de um período onde o aquecimento do mercado e os valores injetados na economia pelo Governo, pelos vários motivos que guiaram as polí9ticas públicas recentes do nosso pais, onde a inflação saiu da famosa “meta”, inflação todos sabemos afeta o poder de compra do nosso dinheiro, para conter a alta da mesma e colocar ela dentro de um limite que seja bom para o mercado e não afete o consumo de todos, o primeiro passo é dificultar o acesso ao dinheiro, ou seja, aumentar a taxa de juros.
Financiamento: juros 2022-2023
Falando agora do histórico recente, vamos dar uma olhada nessa correlação que existe entre a quantidade de projetos financiados e a taxa de juros Selic aplicada pelo governo.
Trabalhamos em um mercado, o de energia solar, onde nossos cliente precisam realizar um aporte importante inicial para depois obter economia a longo prazo, para termos uma ideia de números, vejam bem:
as vendas financiadas por bancos em GDs no 1° semestre de 2021 foram de 54%, no 2º semestre chegamos a 57% e seguimos a tendência alta com 54% no 1° semestre de 2022.
A taxa de juros em Janeiro de 2021 era ao mesmo tempo de 2% (quando a inflação estava baixa e o governo precisava que o dinheiro “fosse para a rua”, ou seja situação contrária a de hoje), no começo de 2022 a taxa Selic (ou de Juros) subiu para 10,38% e no final de 2022 bateu os atuais 13,75%.
Como antecipado, se o dinheiro está “mais caro” cai a demanda pro “compra dele”. Voltando as compras de sistema solares financiados no 2º semestre de 2022 (com a taxa de juros em 13,75%) caiu para 22% de todas as vendas, uma grande redução não acham?
A previsão da taxa Selic para 2023 (segundo o Boletim Focus ou seja o Banco Central) é de 12,75% ao ano, ou seja o próprio banco reconhece que este ano ainda teremos uma economia que precisa se estabilizar e reforçar para que os juros voltem a ficar baixo como em 2021.
A notícia boa porem é que os bancos estão sentindo esta queda e para tentar driblar a taxa de juros alta e portanto o nível inferior de financiamento estão aos pouco criando nova opções dentro desta forma de credito. Trabalhando sobre tudo a forma de flexibilizar as condições de pagamento (prazos) ou facilitando o acesso ao credito e valores maiores do que anteriormente.
Vale sempre lembrar que é importante ter uma conversa clara com a financiadora, realizar orçamentos em pelo menos 3 instituições e colocar no papel um fluxo de caixa básico que vamos aprender no curso especial de finanças fotovoltaicas para saber tomarmos a melhor escolha na hora de escolher como financiar ou pagar o investimento em um sistema fotovoltaico.
Linhas de financiamento
Vamos agora falar das linhas de financiamento que encontramos hoje no mercado bancário brasileiro. Temos hoje uma enorme oferta de tipos e fontes de financiamento no Brasil, desde os banco tradicionais como Caixa Economica Federal, Banco do Brasil e Santander até “start-ups” financeiras ou bancos cooperativas.
Além disso, você sabia que problemas com financiamento, foi o principal motivo de propostas de venda de sistemas solares não convertidos no primeiro semestre de 2023? Abaixo vou deixar um gráfico com essas informações.
Lembrando do que conversamos no começo desde modulo que a parte especifica das taxas aplicadas a todo e qualquer financiamento são diretamente dependente da analise de credito do seu cliente. Que, lembrando, inclui o valor, score e renda atual declarada. Listei em seguida alguns principais bancos com suas iniciais informações sobre financiamentos, começando pelo Santander com prazo até 96 meses, e importante aqui já notar que esse banco disponibiliza o financiamento de 100% dos itens atrelados a um projeto.
Em seguida o Banco do Brasil que apresenta uma proposta mais personalizável, de 2 a 96 meses porem com uma linha de credito mais barata para projetos abaixo de 100 mil reais.
Entrando agora no mundo das cooperativas temos o Sicoob e o Sicredi que também reservam uma linha de financiamento expecifica para projeto fotovoltaicos. Destes dois o Sicredi tem sido mais abrangente em relação aos prazos de pagamento chegando a um limite de até 120 meses, logo 10 anos. Passando agora para eventuais fintech, startup ou financiadoras especializa achei valido citar a BV financeira, o Banco da Amazonia, o Banco do Nordeste e a Sol Facil que oferecem opções com limites de valor bem maiores, para empresas obviamente, mas que requerem garantias comerciasi mais solida inclusive por se encostarem ai de alugma forma nos programas de financiamento e credito do governo federal.
Concluindo então esse nosso modulo de linhas de financiamento vale lembrar que comçamos falando de como funciona um financiamento e quais as melhores dicas para ter um acesso mais rápido e seguro a eles, depois fomo aprender o que é a taxa Selic e como ela influencia as suas vendas de projetos, vemos um rápido comparativo das taxas nos últimos dois anos e terminamos falando dos bancos e financeiras mais ativos neste nosso setor.
Integradores de Sucesso
Observando esse cenário fica óbvio que os integradores de maior sucesso já entenderam a importância do financiamento de energia solar. Eles com certeza mantém um banco de dados com valores de cada instituição e direcionam seus clientes já no momento do orçamento para os créditos que ele acredita serem os mais chamativos.
Nesse ponto quero chamar sua atenção para um fator importante. Existem no mercado softwares ou CRMs para gestão de negócios do nicho de energia solar. E entre esses softwares, se destaca o Azume, que tem inclusive a possibilidade de cadastro de linhas de crédito em diversas instituições. Assim, é possível gerar propostas automáticas já incluindo todos os financiamentos disponíveis para seu possível cliente em apenas 2 minutos!
Quer saber mais sobre esse CRM que é o mais utilizado no mercado segundo pesquisa da própria greener? Então preencha o formulário abaixo que um de nossos consultores entrará em contato
Alguns exemplos
Para você ter uma ideia da importância de oferecer bons financiamentos para seus possíveis clientes, vou deixar alguns dados sobre o primeiro semestre de 2023:
- Integradores que fecharam até 10 vendas, apenas 35% foram com financiamento;
- Para 40 vendas, foram 45% com financiamento;
- Já para mais de 100 vendas, 58% foram financiadas.
Isso mostra o quanto o quanto oferecer financiamento de energia solar atrativos aumentam suas vendas de forma gradativa.
Financeiras mais buscadas
Segundo o estudo apresentado, 5 instituições financeiras se destacam no sentido de oferecer melhores propostas e fechamento de linhas de crédito para instalações solares. No primeiro semestre de 2023 a primeira colocada foi a BV financeira com incríveis 47% de vendas. O segundo lugar fica com o Banco Santander que chegou a 25% de vendas, seguido de perto por Sicredi e Banco do Brasil com 24% e 23% respectivamente. E em quinto fica o Banco Solfácil com 18% das vendas.
Dessa forma, você pode ter uma noção de quais as melhores instituições bancárias para você ter em seu orçamento para apresentar aos seus clientes. E se você é o cliente já sabe também quais opções de financiamento o seu integrador deve oferecer.
Banco BV
O banco BV é uma instituição financeira que permite o financiamento tanto do kit solar, quanto do serviço de instalação. Pessoas físicas têm um limite de crédito de até R$500 mil e pessoas jurídicas de até R$3 milhões. O primeiro pagamento pode ser efetuado em até 120 dias, possibilitando que a pessoa comece a pagar as parcelas já com o sistema solar funcionando e gerando economias. Quanto às parcelas, podem ser pagas em até 8 anos.
Banco Santander
O Santander realiza o financiamento também, tanto pessoal como jurídico e não é necessário ter uma conta no banco para isso. O prazo para pagamento também pode chegar até 8 anos, podendo começar a pagar após 120 dias. Os limites de financiamento podem englobar até 100% dos itens financiáveis, oferecendo flexibilidade aos clientes.
Banco do Brasil
Com o programa BB Crédito Energia Renovável é possível financiar 100% de todo sistema fotovoltaico, o que engloba tanto os equipamentos quanto o serviço de instalação. Você pode realizar o financiamento ou oferecer ao seu cliente com parcelas que variam de 2 a 96 meses, com até 180 dias para pagamento da primeira parcela. Já o limite varia entre R$2 mil até R$100 mil.
Sicredi
Também pelo banco Sicredi é possível financiar tanto os equipamentos quanto a instalação do sistema solar fotovoltaico. O financiamento de energia solar aqui pode ser feito em 12 vezes sem entrada e sem juros ou em 18, 24, 36 ou 96 vezes com juros. Podendo começar a pagar em até 120 dias. No Sicredi, para realizar o financiamento é preciso ser associado ou abrir conta com a Sicredi. Além disso, é preciso apresentar o projeto assinado por um engenheiro eletricista constando o Retorno sobre investimento que o sistema fotovoltaico irá gerar.
Solfácil
Pelo banco Solfácil também é possível incluir tanto os equipamentos quanto a instalação no financiamento. O financiamento é destinado para pessoas físicas e jurídicas com limite de R$200 mil e R$500 mil respectivamente. É possível pagar pelo financiamento em até 10 anos nas taxas pré-fixadas e 12 anos nas opções pós-fixadas. Podendo começar a pagar a primeira parcela após 6 meses e para produtores rurais em 1 ano.