A procura por alternativas sustentáveis e econômicas nunca foi tão intensa, e as placas solares continuam a se destacar como uma das opções mais promissoras.
No Brasil, o interesse em placas solares está aumentando rapidamente. Até o final de 2024, já havia mais de 4,3 milhões de unidades consumidoras aproveitando uma economia de até 80% em suas contas. Isso evidencia o grande impacto que a energia solar pode ter tanto em residências quanto em empresas.
Pesquisas recentes da Empresa Greener em 2024 indicam que o custo médio para instalar um sistema solar no Brasil fica entre R$ 15 mil e R$ 33 mil. Esse investimento pode ser recuperado em um período de 2 a 4 anos, dependendo do consumo e da localização, tornando-se muito atrativo para casas e negócios.
Com a crescente adoção de fontes renováveis e com a ampliação dos incentivos fiscais, os sistemas fotovoltaicos permanecem como uma solução estratégica para diminuir os gastos com eletricidade e contribuir para um futuro mais sustentável. Aproveite para ficar por dentro das novidades do setor solar e descubra como transformar sua casa ou empresa com energia limpa em 2025.
Índice
Vale a pena investir em placas solares em 2025?
A energia solar está revolucionando o setor de energias renováveis e sustentáveis tanto para residências quanto para empresas. No entanto, muitas pessoas questionam se a instalação de placas solares ainda é vantajosa em 2025.
No Brasil, com milhares de usuários já usufruindo dessa tecnologia, a ideia de que ela não é viável ou que não traz retorno financeiro está perdendo força. O uso das placas solares está se tornando cada vez mais comum.
Atualmente, a instalação de sistemas fotovoltaicos pode resultar em uma economia média de até 80% na conta de energia elétrica nos primeiros anos. Optar por um sistema conectado à rede elétrica é uma escolha sensata, pois beneficia tanto o bolso quanto o meio ambiente.
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Energia solar e suas principais formas de investimento
A energia solar fotovoltaica representa uma maneira sustentável de gerar eletricidade, utilizando a luz solar como fonte primária. Os painéis solares absorvem essa energia e a convertem em eletricidade utilizável, mas esse processo exige dispositivos chamados inversores, que transformam a energia gerada de corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA), que é o formato aplicado nas redes elétricas.
- Inversores Tradicionais:
Eles operam de maneira centralizada, recebendo toda a energia produzida pelos painéis solares conectados.
Representam uma solução economicamente viável no início.
O desempenho global é influenciado pelo painel menos eficiente do sistema, podendo ser prejudicado por sombreamento ou sujeira em apenas um módulo.
Recomendados para áreas com boa incidência solar e sem obstruções.
- Microinversores:
Funcionam de forma descentralizada, com um micro inversor instalado em cada painel solar, e permitem que cada painel atue de maneira independente, aumentando a eficiência em sistemas que enfrentam sombreamento parcial ou possuem orientações diferentes.
Embora sejam mais caros no início, proporcionam maior flexibilidade para futuras expansões.São a melhor escolha para quem busca alta eficiência e monitoramento individualizado de cada painel.
Qual Optar? A escolha entre inversores tradicionais e microinversores deve considerar as características do local de instalação e o orçamento disponível. Para projetos simples e econômicos, os inversores tradicionais são adequados. Por outro lado, em ambientes com sombreamento ou onde se busca máxima eficiência, os microinversores são mais apropriados.
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O retorno sobre o investimento permanece positivo
O aumento dos impostos sobre placas solares pode levar a um acréscimo de 13% no custo dos sistemas residenciais de energia solar no Brasil, segundo uma estimativa da consultoria Greener. Esse cálculo considera a elevação da alíquota de importação de 9,6% para 25% e a decisão do governo chinês de reduzir o benefício fiscal para exportação de painéis solares de 13% para 9%.
Tomando como base um sistema de 4 kWp, a análise prevê um aumento médio próximo a 26% nos preços dos módulos fotovoltaicos. Com essas mudanças, o tempo para retorno do investimento aumentaria em 6,71%, passando de 3 para 3,2 anos.
Entretanto, os custos dos sistemas de energia solar sofreram uma significativa diminuição nos últimos dois anos, com o payback se reduzindo em 22,5% entre junho de 2023 e junho de 2024, indo de 3,4 para 3 anos.
Isso significa que mesmo com o aumento do imposto sobre importação, o retorno sobre investimento em energia solar em 2025 será mais vantajoso do que o registrado em 2023, apresentando uma diferença pouco significativa em relação a 2024.
O valor da conta de luz continuará subindo
Em 2024, o Brasil enfrentou um período de baixa chuva, resultando na diminuição dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas e na maior utilização das termelétricas, que geram energia a um custo mais elevado. Esse cenário climático provocou uma interrupção em uma sequência de bandeiras tarifárias verdes que durou mais de dois anos, iniciada em abril de 2022. Em julho de 2024, as bandeiras amarela, vermelha patamar 1 e patamar 2 foram acionadas em quatro meses do ano.
Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 15, divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (27/12), revelam que a tarifa residencial de energia elétrica teve um acréscimo acumulado de 1,37% no ano. Embora esse aumento pareça pequeno, ele se refere a 2023, que foi marcado por revisões tarifárias frequentes que elevaram consideravelmente os preços cobrados pelas distribuidoras, resultando em uma alta acumulada bem acima da inflação desse ano.
As perspectivas para 2025 apontam para um cenário hidrológico mais favorável. No entanto, devido a ineficiências no sistema elétrico brasileiro, os custos da conta de luz continuarão altos para o consumidor. Apesar de algumas reduções pontuais em determinados momentos, a tendência a longo prazo é crescente; entre 2014 e 2024, a tarifa média residencial teve um aumento superior a 100%, conforme dados do Ministério de Minas e Energia (MME).
Um dos fatores que contribuem para essa situação são os subsídios destinados ao setor energético, majoritariamente arcados pelos consumidores através das tarifas. Para 2025, a proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente em consulta pública, prevê um orçamento de R$ 40,6 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o que representa um crescimento de 9,23% em relação ao valor estabelecido para 2024.
O preço da eletricidade é um dos elementos cruciais no cálculo do retorno sobre investimento em energia solar. Quanto maior for esse valor, mais economias o consumidor conseguirá com o uso do sistema fotovoltaico e mais rápido será o retorno financeiro.
Vale lembrar que as placas solares têm uma vida útil média de 25 anos. Isso significa que os consumidores estarão protegidos a longo prazo durante períodos de forte aumento nas tarifas, algo que não é incomum na história do Brasil.
Energia solar não é apenas um investimento financeiro
A eficiência das placas solares continua em ascensão, com uma média superior a 22%. Isso facilita a instalação. Entre os benefícios estão:
- Valorização do imóvel em até 15%: Propriedades que possuem sistemas solares são consideradas mais modernas e sustentáveis, o que atrai compradores interessados em economia e responsabilidade ambiental. Pesquisas indicam que imóveis com sistemas de geração fotovoltaica geralmente têm maior valorização no mercado imobiliário;
- Redução significativa na conta de energia: A possibilidade de economizar até 80% na fatura de eletricidade proporciona economia imediata e ajuda a proteger contra aumentos nas tarifas das concessionárias;
- Contribuição para práticas sustentáveis: A energia solar diminui a dependência de fontes poluentes, ajudando a amenizar o impacto ambiental. Ademais, o uso de fontes renováveis colabora diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa;
- Proteção contra inflação energética: A energia solar serve como uma proteção contra aumentos frequentes na conta de luz, garantindo previsibilidade financeira ao longo prazo;
- Baixo custo de manutenção: Sistemas solares requerem pouca manutenção durante sua vida útil, limitando-se principalmente a limpezas periódicas e inspeções, o que ainda reduz os custos operacionais;
- Possibilidade de geração excedente: Se a produção de energia superar o consumo, é viável injetar o excedente na rede elétrica, obtendo créditos que podem ser utilizados posteriormente para diminuir ainda mais as faturas;
- Incentivos fiscais e linhas de financiamento acessíveis: Vários programas governamentais e instituições financeiras oferecem financiamento com juros baixos e condições especiais, tornando o sistema fotovoltaico mais viável para um número maior de pessoas.
Para aqueles interessados em financiar energia solar, existem diversas opções no mercado que tornam essa tecnologia mais acessível.
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Conclusão
Nos últimos anos, o setor de energia solar tem mostrado um crescimento sólido e constante, estabelecendo-se como uma das soluções mais promissoras para o futuro energético do Brasil. Com a mudança global em direção a fontes renováveis e a procura por alternativas sustentáveis, as previsões para 2025 apontam para um cenário ainda mais propício para investimentos em energia solar.