Quais problemas podem causar a falta de chuva? 

Quais problemas podem causar a falta de chuva

Você já ouviu falar que as primeiras cidades se estabeleceram próximas às margens dos rios? Isso ocorre porque a água é essencial para a vida humana, levando ao desenvolvimento de sociedades em áreas onde esse recurso está disponível, fundamental tanto para a sobrevivência quanto para o avanço da agricultura. 

No entanto, como ficam as regiões com escassez hídrica e quais os problemas podem causar a falta de chuva? Leia este artigo e compreenda melhor o problema da seca e seus impactos. 

O que causa e quais as consequências da seca? 

A seca está entre os mais graves perigos naturais do planeta, frequentemente resultando em danos significativos à agricultura, aos ecossistemas e às comunidades humanas.

Não existe uma definição única e precisa para o conceito de seca. Ele é interpretado de maneiras diversas em áreas com características diferentes, dependendo da relação entre os sistemas naturais, que estão sujeitos a variações climáticas, e os sistemas criados pelo ser humano, que possuem suas próprias exigências e vulnerabilidades. 

O conceito de seca é influenciado tanto pelas características climáticas e hidrológicas da área em questão quanto pelos tipos de impactos que ela gera. Dessa forma, em áreas com clima úmido, um intervalo relativamente curto sem chuvas pode ser classificado como seca; enquanto em regiões áridas, um período prolongado sem chuvas pode ser visto como algo normal.

Secas ou estiagens referem-se a fenômenos climáticos resultantes da falta de chuvas em uma determinada área durante um extenso período. Essa situação gera significativos desequilíbrios nos recursos hídricos. 

Além das condições climáticas que ocorrem em épocas e regiões específicas, as ações humanas também desempenham um papel nesse processo e as consequências das secas afetam negativamente a natureza, os ecossistemas e as atividades econômicas, agravando o efeito estufa e contribuindo para o aumento da fome e da pobreza.

Em 2021, o Brasil enfrentou as secas mais severas de sua história. Imagens de terras fissuradas, plantações queimadas e gado emagrecendo pela escassez de chuvas são familiares ao país, frequentemente associadas ao sertão nordestino, uma região constantemente afetada pelo sol intenso e pela carência de água, que retrata um cenário desolador.

Cerca de 40% do território nacional sofre com a falta de chuvas, afetando estados inteiros e prejudicando gravemente 2 445 municípios. Devido à sua duração e intensidade, estamos diante da seca mais grave desde 1910. Conforme explica José Marengo, coordenador da Cemaden – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Brasil já convive com a realidade dos climas extremos.

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Relação entre a falta de chuva e o aumento na conta de energia elétrica 

Você já notou que sempre que passamos por longos períodos sem chuva, o custo da energia elétrica tende a subir? A matriz energética do Brasil é formada por uma combinação de diversas fontes, incluindo hidrelétricas, termelétricas (que podem ser fósseis, nucleares, de biomassa ou biogás), além da energia eólica e solar fotovoltaica. 

No total, essas fontes somam mais de 230 gigawatts de potência até junho de 2024. Apesar dessa variedade, a principal fonte de geração no país ainda é a hidrelétrica, que responde por pouco mais de 50% da energia total disponível.

Existem, no mínimo quatro tipos de hidrelétricas e são elas: 

  • Hidrelétricas que possuem reservatórios para acumular água, como é o caso de Itaipu;
  • Hidrelétricas a fio d’água, que não contam com reservatório, como Belo Monte;
  • Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que podem ter um pequeno reservatório ou nem um, e geralmente têm uma potência máxima de 30 megawatts;
  • Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), com capacidade de até 1 MW, normalmente sem reservatórios.

Os reservatórios das hidrelétricas são essenciais para o funcionamento do sistema elétrico. Eles acumulam grandes volumes de energia durante períodos de muita chuva e asseguram o fornecimento durante todo o ano.

Reservatórios do Brasil 

No Brasil, os reservatórios estão organizados em quatro subsistemas: Norte, Nordeste, Sul e Sudeste/Centro-Oeste. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste é responsável por aproximadamente 70% da capacidade de armazenamento de energia do país.

Termos técnicos relevantes:

  1. Energia Natural Afluente (ENA): volume de água que chega aos reservatórios com potencial para gerar energia.
  1. Média de Longo Termo (MLT): média histórica de afluência calculada a partir de milhares de cenários para um período específico.
  1. Energia Armazenada (EAR): quantidade total de energia disponível em um determinado subsistema.

A predominância da energia gerada por hidrelétricas implica que a oferta energética do Brasil esteja diretamente ligada à quantidade de chuvas, especialmente entre novembro e abril, que é a estação chuvosa.

Em 2021, o país enfrentou sua mais grave crise hídrica em quase um século. A escassez de chuvas levou o Operador Nacional do Sistema (ONS) a aumentar a geração de energia por meio de usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis, o que resultou em um aumento nos preços da energia.

Nesse contexto, os custos da energia dispararam no Mercado Livre e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) implementou a bandeira tarifária Escassez Hídrica, que elevou ainda mais as tarifas para os consumidores do Mercado Cativo.

A bandeira de Escassez Hídrica esteve em vigor de setembro de 2021 até abril de 2022, quando a bandeira verde foi instaurada devido à melhoria nas condições hidrológicas. Desde então, o Brasil manteve a bandeira verde até junho de 2024.

No Mercado Livre, a escassez de chuvas afeta rapidamente os preços da energia tanto no curto quanto no longo prazo, além dos encargos setoriais. No Mercado Cativo, esse custo extra é sentido por meio da ativação das bandeiras tarifárias nas cores Amarela, Vermelha 1 e Vermelha 2.

LEIA MAIS: Mercado livre de energia vale a pena?

Cenário hidrológico de 2024 

O último período chuvoso, que vai de novembro de 2023 a abril de 2024, não apresentou um desempenho tão satisfatório quanto os anteriores, o que gerou preocupações no setor.

Nesse contexto, após um longo período de 26 meses com a bandeira verde, a ANEEL decidiu reativar a bandeira tarifária amarela. Essa ação foi motivada pela previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano e pela expectativa de aumento na carga e no consumo de energia nesse mesmo intervalo. Além disso, o inverno tem se mostrado com temperaturas acima da média histórica, o que também influencia na operação das termelétricas, que produzem energia a um custo maior em comparação às hidrelétricas.

A instabilidade nos preços da energia voltou a se manifestar no Mercado Livre, em grande parte devido à expectativa de um período seco mais severo entre maio e outubro, além da possibilidade de atraso nas chuvas durante a próxima estação chuvosa. Também há indícios da formação do fenômeno La Niña, que tende a afetar os volumes de precipitação.

De acordo com a última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada em 3 de julho, observou-se que em junho as Energias Naturais Afluentes (ENAs) estavam abaixo da média histórica nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste (56% da Média Longo Termo – MLT), Nordeste (41% da MLT) e Norte (51% da MLT). O subsistema Sul foi o único a mostrar índices superiores à média histórica, alcançando cerca de 153% da MLT.

Apesar de o panorama hídrico deste ano exigir cuidados, o volume de energia acumulada nas hidrelétricas oferece um certo alívio, portanto, não há preocupação com a falta de energia como ocorreu em 2021.

Como reduzir a conta de luz com energia solar? 

Se o seu intuito é minimizar ao máximo os custos com a conta de energia elétrica da sua casa ou empresa, a solução mais eficaz é investir em um gerador de energia solar.

Os sistemas fotovoltaicos têm a capacidade de converter luz solar em eletricidade, possibilitando uma redução de até 90% na conta mensal.

Isso ocorre graças ao sistema de créditos energéticos criado pela Aneel, que permite que você compense a energia consumida da rede com aquela gerada pelo painel solar.

Durante o dia, o sistema gera energia suficiente para atender às necessidades do seu imóvel e ainda produz um excedente, que é enviado para a rede elétrica e transformado automaticamente em créditos para você.

Ao final de cada mês, os créditos acumulados são aplicados automaticamente para compensar a energia consumida da rede durante a noite, quando o seu painel solar não está em operação.

Dessa forma, é como se você não estivesse utilizando a energia da concessionária, evitando as tarifas impostas e se protegendo contra eventuais aumentos nos preços.

Além disso, qualquer saldo de créditos permanece válido por até cinco anos, permitindo seu aproveitamento em meses com menor incidência de sol e produção reduzida do painel.

Para compreender como a energia solar pode ajudar a diminuir suas despesas mensais com eletricidade em casa, você pode utilizar uma calculadora solar que demonstra a economia gerada pelo sistema fotovoltaico escolhido.

É importante destacar que essa simulação tem caráter educativo. Na prática, a economia mensal depende tanto do consumo individual quanto da produção do sistema instalado.

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Conclusão 

A conexão entre a quantidade de chuvas e o custo da energia no Brasil é clara e relevante. A matriz energética do país, que é majoritariamente composta por usinas hidrelétricas, está fortemente ligada aos índices de precipitação, especialmente durante a estação úmida.

A crise hídrica de 2021 evidenciou como a falta de chuvas pode fazer com que os preços da energia subam consideravelmente, tanto no Mercado Livre quanto no Mercado Cativo, resultando na adoção da bandeira tarifária de Escassez Hídrica pela ANEEL.

Em 2024, o setor enfrenta novamente um cenário alarmante em decorrência da previsão de chuvas abaixo do esperado e da possível ocorrência do fenômeno La Niña. Essa situação levou a ANEEL a reativar a bandeira amarela após um longo período sob a bandeira verde.

Apesar das dificuldades enfrentadas atualmente, o Brasil detém uma quantidade significativa de energia estocada em suas hidrelétricas, o que garante um nível de segurança e reduz a probabilidade de falta de abastecimento.

Entretanto, é fundamental que o setor siga investindo em inovações e na atualização da infraestrutura elétrica para assegurar a segurança energética e manter tarifas acessíveis. Assim, será possível lidar com períodos de seca de forma mais robusta e diminuir os efeitos nos preços da energia para os consumidores.

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