Você ainda tem dúvida de quanto vai pagar pela taxa de energia solar em 2024? Esse termo ficou conhecido após a aprovação da Lei 14.300 e tem deixado muita gente com a pulga atrás das orelhas.
Neste artigo eu vou te explicar como calcular a tão falada taxa do sol e também mostrar uma excelente solução para quem trabalha no setor solar.
Índice
Lei 14.300
Para quem não sabe, de forma bem resumida, com a aprovação da Lei 14.300 a energia injetada na rede da concessionária terá uma desvalorização, pois será cobrada uma porcentagem sobre os componentes da tarifa de energia que antes não era cobrada, como é o caso do tão famoso Fio B.
Essa cobrança ficou conhecida como “taxação do sol”, mas na verdade é como se fosse um pedágio que você vai pagar por usar a rede da concessionária. Essa taxa de energia solar será feita de forma escalonada até o ano de 2029, onde entrarão novas regras que ainda serão definidas pela ANEEL.
Conceitos sobre a geração e consumo
Vamos focar em um exemplo prático para descobrir como está sendo feita a cobrança da taxa de energia solar em 2024. Para isso preciso que você entenda alguns conceitos que vamos usar ao longo do nosso exemplo.
O primeiro é: a energia consumida da rede, que é aquela energia utilizada nos momentos que não tem geração de energia solar. Por exemplo, à noite. Nesse período quem vai alimentar os equipamentos da nossa casa será a rede elétrica da concessionária, então o medidor de energia vai contabilizar esse consumo.
Tem também a energia injetada na rede, essa será a energia extra gerada pelo nosso sistema fotovoltaico. Imagine que você saia de casa de manhã para trabalhar e volte só à noite. O que vai acontecer é que durante o dia, o sistema vai gerar energia e não terá nenhum consumo na casa.
Então essa energia será injetada na rede, a grosso modo, é como se a rede fosse uma bateria que vai armazenar essa energia pra gente. E aqui o medidor de energia também vai contabilizar.
Já o crédito de energia é a diferença positiva entre a energia injetada e a consumida da rede. Ou seja, se você injetou mais que consumiu em um determinado mês, essa energia extra se torna crédito para ser utilizado nos próximos 60 meses.
Aqui tem um fator importante, pois a taxa não é cobrada sobre essa energia extra no momento em que é gerada. Você vai entender isso melhor mais abaixo.
Por fim, temos a energia compensada. Essa é, de fato, a energia que será utilizada em determinado mês para suprir todo o consumo, e é exatamente sobre essa energia que será cobrada a famosa “taxação do sol” ou simplesmente a taxa de energia solar.
Como é feita a cobrança
O valor que o Fio B representa na tarifa vai variar de acordo com cada concessionária, uma média nacional é de mais ou menos 28%. Então no nosso exemplo eu vou utilizar essa média, mas entenda que existem concessionárias que o valor do Fio B é muito mais representativo!
Imagine um pequeno comércio que instalou energia solar agora em 2024. O sistema começou a gerar energia no mês de março e agora em Abril a sua conta de energia veio com os seguintes dados:
ENERGIA CONSUMIDA DA REDE: 2.000 kWh
ENERGIA INJETADA NA REDE: 2.100 kWh
CRÉDITO DE ENERGÍA: 100 kWh (2.100 – 2.000)
Energia compensada: 2.000 kWh
Valor da tarifa de energia: R$ 1,00
Valor que o Fio B representa na Tarifa: 28%
Taxa do Fio B em 2024: 30%
LEIA MAIS: TUSD Fio B – O que é e por que pagamos esse valor
Agora vamos fazer uma comparação para você entender como era antes de existir a tal taxação do sol:
Se o consumo foi de 2.000 kWh e o kWh vale R$1,00, então eu ficaria devendo R$2.000,00 para a concessionária. Porém, o meu sistema injetou 2.100 kWh na rede, ou seja, eu usava 2.000 kWh dessa energia injetada para compensar o consumo.
Isso quer dizer que eu teria um saldo com a concessionária de R$2.000,00, então é como se eu tivesse a minha conta zerada. Aqui é onde a gente falava da compensação de 1 para 1.
Só para ficar claro, aqui nós vamos desconsiderar as taxas mínimas, como custo de disponibilidade e a iluminação pública, vamos olhar só para energia consumida e injetada na rede.
Voltando aos cálculos, o que o fio B vai impactar, é exatamente esses R$2.000,00 de saldo. Na nova regra, a concessionária ainda vai continuar compensando os 2.000 kWh, só que em dinheiro esse kWh injetado terá uma desvalorização, porque ou vou pagar o fio B.
Para entender melhor sobre o Fio B te convido a assistir um vídeo bem explicativo que temos no nosso canal do Youtube, que é o maior do Brasil especializado em energia solar. Se não conhece aproveita para se inscrever no canal e não perder nenhuma novidade que postamos por lá.
Então vai ficar da seguinte maneira:
Se o Fio B representa 28% da tarifa de energia para esse exemplo, para saber o valor do Fio B basta pegar o valor da tarifa que é R$1,00 e multiplicar por 28% ou 0,28, que é igual a R$0,28 centavos.
A taxa de energia solar em 2024 vamos pagar 30% em cima de R$0,28, que é algo em torno de R$0,08 centavos. Ou seja, agora o meu kWh injetado não vale mais R$1,00 e sim: R$1,00 menos R$0,08 centavos, que é R$0,92 centavos.
Como a energia compensada foi de 2.000 kWh, o saldo em reais com a concessionária será de 2.000 x 0,92 = R$ 1.840,00
O consumo foi de R$2.000,00 e o saldo com a concessionária de R$1.840,00, eu fiquei devendo R$160,00 pra ela. Então podemos dizer que R$160,00 é o pedágio que eu vou pagar pra concessionária por usar a rede elétrica dela.
LEIA MAIS: Energia solar vale a pena depois da lei 14.300
Observações
Mesmo assim tivemos um impacto pequeno perto da economia trazida pela energia solar. Mas ainda não acabou. Entendendo isso, eu vou voltar lá nos 100 kWh de créditos. Lembra que eu falei que a taxa não é cobrada sobre ele no momento?
Mas antes de contar quando a taxa será cobrada, quero deixar claro para você que trabalha no setor solar que é preciso ter tudo isso na ponta da língua para explicar ao seu cliente e mostrar que ainda assim vale muito a pena instalar energia solar.
Por exemplo, eu fiz uma proposta de um sistema para gerar 2.000 kWh por mês aqui no AZUME, que é o gerador de proposta comercial e CRM mais utilizado do Brasil, e eu tenho todos os cálculos da economia mensal, do valor do Fio B mês a mês e não preciso me preocupar, já que eu tenho uma proposta com toda economia que o cliente vai ter ao longo dos 25 anos, comprovando a viabilidade da energia solar!
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Só vai ser cobrado fio B sobre os 100 kWh de crédito quando eles forem utilizados nos meses seguintes. E essa é uma dúvida que muita gente tem, pois sempre falam que é cobrado sobre toda energia injetada, mas na verdade, olhando para um mês específico, o fio B é cobrado sempre sobre a energia compensada!
Conclusão
Em resumo, é importante saber que a energia solar ainda vale muito a pena em 2024. Essa taxa de energia solar cobrada pelas concessionárias acaba sendo uma cobrança válida pela utilização de toda a estrutura da rede, como eu disse acima, assumindo uma função de “bateria” para os sistemas fotovoltaicos.
Essa é a realidade dos sistemas On Grid. Já nos sistemas OFF Grid, onde não se utiliza a rede da concessionária, não existe a cobrança de nenhum tipo de taxa, pois a energia gerada é armazenada em baterias e não é necessário a utilização da rede da concessionária. Porém, esse tipo de sistema ainda é mais caro, devido a baixa vida útil das baterias.