Empresários, representantes do setor industrial e membros do governo baiano se reuniram nesta segunda-feira (10/06) para discutir a implantação do Hidrogênio Verde (H2V) no estado. De acordo com dados de 2023 da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a Bahia se destaca como um dos principais produtores de energia renovável do Brasil, liderando na produção eólica e ocupando a segunda posição na produção de energia solar.
Os meios biorrenováveis representam impressionantes 98,3% de toda a produção energética do estado. Em 2023, a Bahia foi responsável pela maior produção de energia eólica do país, com 3.450MWm (megawatt médio). O estado abriga o maior parque eólico do Brasil, com 338 usinas capazes de produzir até 10.152MW. Em abril de 2024, as usinas baianas contribuíram com 41,59% dos 8.050MWm produzidos nacionalmente pela energia eólica, totalizando 3.348MWm.
“O nosso diferencial são os ventos noturnos, que favorecem a produção eólica no interior do estado, onde os ventos são mais constantes e seguros, ao contrário dos parques à beira-mar de outras regiões”, explicou Ângelo Almeida, secretário de desenvolvimento econômico.
Apesar de ocupar o segundo lugar na produção de energia solar, atrás de Minas Gerais, com 492MWm produzidos, a Bahia possui a terceira maior capacidade instalada do Brasil, com 64 usinas capazes de produzir 2.047MW, superada apenas por Minas Gerais (4.676MW) e Piauí (2.095MW).
“A margem do Rio São Francisco é um dos melhores locais do mundo para a produção de energia eólica. Essa produção eficiente não só abastece o polo petroquímico como também promove a expansão industrial no estado”, afirmou José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras.
A Bahia continua a avançar na liderança da produção de energia renovável e se prepara para novos desafios com a introdução do Hidrogênio Verde, consolidando seu papel como protagonista na transição energética do Brasil.