A China revelou planos ambiciosos para construir uma gigantesca usina de energia no espaço, comparável em escala à icônica Barragem das Três Gargantas, mas localizada a 36 mil quilômetros acima da Terra. Assim, a proposta busca transformar as energias renováveis, como a solar, em fontes ainda mais eficientes. Aproximando os painéis solares do Sol e eliminando interferências atmosféricas.
Com uma estação espacial de energia, os painéis solares poderiam capturar mais energia sem as limitações impostas pela atmosfera terrestre. A energia seria transmitida de volta à Terra sem fio, por meio de receptores que captam ondas de rádio de alta energia.
Para viabilizar o projeto, a China pretende utilizar o foguete Long March-9 (CZ-9), uma nova geração de lançadores superpesados e reutilizáveis. Embora o cronograma oficial não tenha sido divulgado, o cientista de foguetes Long Lehao, membro da Academia Chinesa de Engenharia (CAE), confirmou que os trabalhos já estão em andamento. Em uma palestra, Long destacou o impacto transformador da iniciativa. “A energia coletada em um ano seria equivalente a toda a quantidade de petróleo que pode ser extraída da Terra.”
Assim, entretanto, a eficiência na transferência de energia para a Terra ainda é uma questão em aberto. Outros países também estão de olho na tecnologia. A Islândia, em parceria com a empresa britânica Space Solar, planeja lançar uma versão menor de usina espacial até 2030, o que pode antecipar seus resultados em relação ao projeto chinês.
Assim, se concretizado, o projeto chinês promete marcar uma revolução energética, abrindo novas possibilidades para a utilização da energia solar no cenário global.