O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revelou que o consumo de energia no Brasil deve alcançar 74.399 megawatts médios (MWmed) em junho, representando um aumento de 4,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Este crescimento expressivo reflete o aquecimento da economia e a maior demanda energética em diversas regiões do país.
No Sudeste/Centro-Oeste, que concentra mais da metade da carga de energia do Brasil, a previsão é de um consumo de 41.648 MWmed, um acréscimo de 3,8% em relação a junho de 2023. No Sul, espera-se um crescimento de 3,1%, atingindo 12.575 MWmed.
Para o Nordeste, a projeção é de um consumo de 12.451 MWmed, marcando um aumento de 4,3%. Já no Norte, a expectativa é de um salto de 8,8%, totalizando 7.725 MWmed.
Em termos de geração de energia, o ONS estima que a Energia Natural Afluente (ENA) — a quantidade de água que chega aos reservatórios — ficará em 54% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste, resultando em um armazenamento de 67,6% da capacidade. No Sul, a ENA deve atingir 110% da média, com os níveis dos reservatórios chegando a 81,1%. No Nordeste, a previsão é de 38% da média, com 67,5% de armazenamento. Já no Norte, a ENA deve alcançar 54% da média, com reservatórios em 88,6%.
Neste cenário, o Custo Marginal da Operação (CMO) para a semana de 15 a 21 de junho foi fixado em R$ 18,01 por megawatt-hora (MWh), refletindo os custos de produção para atender ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Ministro de Minas e Energia Prestará Esclarecimentos sobre Aumento na Conta de Luz
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participará de uma audiência pública na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados, na próxima quarta-feira, 19/06, às 10h. Ele deverá prestar esclarecimentos sobre o possível aumento na conta de luz decorrente das migrações para o mercado livre e a geração distribuída (GD).
Além disso, Silveira abordará as compensações ambientais relacionadas à conclusão da usina nuclear Angra 3 e os planos do governo para a transição energética. Outro ponto de discussão será a indicação de Raul Lycurgo para a presidência da Eletronuclear e a falta de pagamento das compensações dos convênios envolvendo a Eletronuclear e os municípios de Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro.
Este encontro será crucial para entender as implicações futuras no setor energético e as medidas que o governo pretende adotar para garantir uma transição energética eficiente e sustentável.
