A Conta de luz no Brasil devem subir em média 3,5% em 2025, segundo previsão divulgada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A boa notícia é que esse aumento está abaixo das projeções de inflação: o IPCA deve fechar o ano em 5,6%, e o IGP-M, em 5,1%.
A estimativa faz parte do novo boletim InfoTARIFA, publicado pela agência nesta segunda-feira (7), que traz análises sobre os principais fatores que influenciam o reajuste anual das tarifas de energia.
Índice
Conta de luz sob controle (pelo menos por enquanto)
De acordo com a Aneel, a previsão leva em conta a expectativa de R$ 41 bilhões no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 2025 — fundo que subsidia políticas do setor elétrico —, além de impactos inflacionários nos custos de distribuição de energia.
Apesar da pressão sobre os custos, a Aneel destaca que, nos últimos 15 meses, as tarifas cresceram em ritmo inferior ao da inflação, graças a medidas que visam refletir na conta de luz a eficiência das distribuidoras no atendimento aos consumidores.
Bandeira verde: sem custo extra desde 2024
Desde dezembro de 2024, os brasileiros seguem se beneficiando da bandeira tarifária verde — ou seja, sem cobrança adicional na conta de luz. Esse cenário tem sido possível por conta das boas condições de geração de energia no país.
Mesmo agora, em abril, com a chegada do período seco, a geração das usinas hidrelétricas — que é mais barata do que a das usinas térmicas — permanece estável, ajudando a conter o aumento nas tarifas.
E o que esperar daqui pra frente?
Apesar da previsão otimista, a Aneel reforça que o setor elétrico continua sujeito a variáveis climáticas e econômicas. Por isso, manter o uso consciente de energia e acompanhar as atualizações das bandeiras tarifárias segue sendo essencial para evitar sustos no bolso.