Crise dos ventos: os desafios que travam a energia eólica no Brasil

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Depois de um crescimento acelerado, a energia eólica no Brasil enfrenta uma forte turbulência. Assim, o setor, que inaugurou 123 novas usinas em 2023, agora vê fábricas fechando, investimentos recuando e demissões em massa. O que aconteceu para um dos pilares da matriz energética sustentável do país entrar em crise?

O apagão de 2023 e o início da crise eólica

Assim, o ponto de virada foi o apagão de agosto de 2023, que deixou milhões de brasileiros sem energia. O episódio expôs fragilidades na integração das usinas eólicas ao sistema elétrico, levando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a adotar uma postura mais rigorosa. Entre as medidas impostas está o curtailment, que limita a produção de energia eólica para evitar sobrecarga na rede elétrica. O problema? Essas restrições vêm causando prejuízos bilionários ao setor.

Além disso, a concorrência com a energia solar distribuída, que cresceu exponencialmente nos últimos anos, tornou a competição ainda mais acirrada. Hoje, painéis solares instalados em residências e empresas já geram mais energia do que os parques eólicos do país.

Empresas abandonam o setor e prejuízos se acumulam

Assim, o impacto no setor é evidente: houve uma queda de 31,25% na instalação de novas usinas eólicas em 2024, e empresas que apostaram alto nos ventos brasileiros, como a americana AES e a GE, estão deixando o país ou fechando fábricas. O prejuízo financeiro estimado já ultrapassa R$ 1,6 bilhão este ano.

Diante desse cenário, empresas do setor pedem revisão dos critérios do curtailment, indenizações pelos cortes obrigatórios na geração e até incentivos para a exportação de equipamentos nacionais. Paralelamente, o marco regulatório das eólicas offshore, assinado em janeiro de 2024, abre caminho para investimentos na geração em alto-mar, mas a incerteza sobre o futuro da energia eólica no Brasil ainda persiste.

Assim, o setor está em alerta: sem mudanças urgentes, o que antes era um dos grandes motores da transição energética brasileira pode perder fôlego – e investimentos.

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