A “energia azul”, que aproveita a diferença de salinidade entre a água doce e a água salgada para gerar eletricidade, tem sido objeto de estudos desde a década de 1950. Atualmente, empresas estão desenvolvendo tecnologias para explorar esse potencial e integrá-lo às opções de energias renováveis.
A osmose por pressão retardada (OPR) é uma tecnologia que utiliza a diferença de salinidade entre água doce e água salgada para acionar turbinas e gerar eletricidade. Em 2009, a empresa norueguesa Statkraft inaugurou uma central protótipo baseada nesse princípio na Noruega.
Outra abordagem é a geração por eletrodiálise reversa (RED), desenvolvida pela empresa holandesa RedStack. Essa tecnologia utiliza uma bateria de membranas que permitem a troca iônica entre massas de água de diferentes salinidades. A empresa iniciou operações da sua central piloto Blue Energy em 2013.
Recentemente, a Sweetch Energy e a Compagnie Nationale du Rhône (CNR) colaboraram para criar a OsmoRhône 1, localizada na eclusa de Barcarin, na França. Essa instalação utiliza a tecnologia INOD®, baseada em membranas osmóticas em nanoescala, para gerar eletricidade a partir da diferença de salinidade entre o rio Ródano e o mar.
A “energia azul” é considerada uma opção promissora entre as fontes renováveis, juntamente com a energia solar, eólica e das marés. Com a crescente necessidade de produzir energia de maneira sustentável, essas tecnologias podem desempenhar um papel importante no futuro energético global.