A energia solar alcançou um marco histórico no Brasil. Agora, ela representa 22,2% da matriz elétrica nacional, superando os 55 gigawatts (GW) de potência instalada. Com isso, tornou-se a segunda maior fonte de energia elétrica do país, atrás apenas das hidrelétricas.
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Crescimento acelerado em 2025
Assim, somente em 2025, o setor adicionou 1,6 GW à capacidade total. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A maior parte dessa potência vem da geração própria — aquela feita em telhados e quintais — que já soma 37,6 GW em 5 milhões de imóveis. Já as grandes usinas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) somam 17,6 GW.
Impacto ambiental e econômico positivo
Desde sua expansão, a energia solar evitou a emissão de mais de 66 milhões de toneladas de CO₂. Além disso, o setor já atraiu mais de R$ 251 bilhões em investimentos, criou 1,6 milhão de empregos verdes e gerou R$ 78 bilhões em impostos.
Instalações em ritmo acelerado
Assim, de janeiro a março deste ano, foram instalados mais de 147 mil sistemas solares. Esses sistemas passaram a abastecer quase 229 mil imóveis. Entre os estados com maior número de instalações, Minas Gerais lidera com mais de 900 mil unidades consumidoras, seguido por São Paulo (756 mil) e Rio Grande do Sul (468 mil).
Perfil de quem mais gera
As residências lideram com 69,2% das instalações de geração própria. Em segundo lugar, estão os comércios (18,4%), e logo depois as propriedades rurais (9,9%). A tecnologia já está presente em mais de 5,5 mil municípios, abrangendo todos os estados brasileiros.
Mas há desafios no caminho
Apesar do crescimento expressivo, a Absolar alerta para obstáculos importantes. Um deles é o cancelamento de projetos por parte das distribuidoras. Além disso, há falta de ressarcimento aos geradores afetados por cortes de produção. Outro problema é o impedimento de conexão de pequenos sistemas, sob alegações de “inversão de fluxo”, muitas vezes sem estudos técnicos que comprovem o risco.
Caminhos para destravar o setor
Assim, para avançar, a entidade defende a aprovação do Programa Renda Básica Energética (Rebe). Ela também pede atualizações na Lei 14.300/2022, que trata da micro e minigeração distribuída. Já nas grandes usinas, o setor sofre com a insegurança jurídica provocada pelas regras da Aneel sobre cortes de geração.