A geração distribuída (GD) no Brasil acaba de atingir um marco histórico. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o país ultrapassou a marca de 5 milhões de unidades consumidoras conectadas a sistemas de GD. O crescimento reflete o avanço da energia solar no território nacional, consolidando-se como a principal fonte desse modelo energético.
Atualmente, a potência instalada pela geração distribuída já supera 37,6 GW, com mais de 3,3 milhões de sistemas integrados à rede de distribuição das concessionárias. A energia solar domina o setor, representando impressionantes 99% das conexões registradas.
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Residências impulsionam o crescimento da GD
O setor residencial lidera a adoção da geração distribuída, sendo responsável por 80% das instalações – um total de 2,7 milhões de unidades consumidoras. O segmento comercial vem em seguida, com 10% das instalações (333,4 mil unidades), enquanto a classe rural representa 9% (287,4 mil unidades).
Crescimento acelerado no início do ano
Nos dois primeiros meses de 2025, a geração distribuída ganhou ainda mais força. Foram adicionadas 195 mil novas unidades consumidoras ao sistema, com 128,2 mil novas instalações e um crescimento de 1,4 GW na potência instalada. Somente em fevereiro, 59 mil novas usinas foram conectadas, adicionando 614 MW à rede – quase todas de fonte solar, com apenas duas usinas eólicas registradas no período.
São Paulo lidera, Goiás e Minas Gerais ganham destaque
Entre os estados, São Paulo foi o grande destaque no crescimento da GD no primeiro bimestre do ano, registrando 21.743 novas usinas e adicionando 192 MW de potência à rede.
Já Goiás ficou em segundo lugar na expansão de potência, com 150 MW instalados, seguido de Minas Gerais, com 143 MW. Em número de instalações, Minas ocupou a segunda posição, com 11.967 novas usinas, enquanto o Mato Grosso ficou em terceiro, registrando 10.136 novas conexões.
A GD continua em ascensão
Com o avanço constante da energia solar e o crescimento das conexões em todo o país, a geração distribuída se consolida como um dos pilares da transição energética no Brasil. A tendência é que o setor continue batendo recordes nos próximos meses, impulsionado pela busca por energia mais barata, limpa e sustentável.