A instalação do Complexo Fotovoltaico Sereno, previsto para ocupar uma área de 265 hectares na zona de amortecimento do Parque Nacional da Furna Feia, em Mossoró (RN), tem gerado preocupações entre grupos acadêmicos e civis. Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e organizações da sociedade civil uniram-se em um manifesto para alertar sobre os possíveis impactos ambientais do projeto.
O parque solar está situado em uma região de mata nativa, abrigo de diversas espécies ameaçadas de extinção. Segundo o manifesto, a construção pode comprometer a conservação de recursos essenciais para a fauna e flora locais, além de afetar a recarga do aquífero Jandaíra, vital para a agricultura e o abastecimento de água da região.
Outro ponto destacado pelos grupos é a ausência de participação da sociedade civil na audiência pública que apresentou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). A reunião ocorreu em janeiro, durante o recesso da Câmara dos Vereadores, o que levantou questionamentos sobre a transparência do processo.
Até o momento, a empresa responsável pelo projeto, SER Renováveis, não se pronunciou sobre as preocupações levantadas no manifesto.
