Um investimento de impacto social e ambiental foi confirmado nesta segunda-feira (31): a Itaipu Binacional vai investir mais de R$ 81 milhões na instalação de sistemas de energia solar em 80 hospitais filantrópicos do Paraná ao longo dos próximos dois anos.
Assim, a ação, que integra um convênio com a Femipa (Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná), busca reduzir os custos operacionais dessas unidades e permitir que o dinheiro economizado seja revertido em melhorias diretas no atendimento à população.
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Itaipu: Hospitais vão gerar a própria energia
De acordo com o projeto, serão implantadas 33 usinas fotovoltaicas: quatro de grande porte e 29 usinas menores, estas últimas instaladas diretamente em telhados ou coberturas dos hospitais beneficiados.
A estimativa é que, juntas, essas estruturas gerem até 18 megawatts de potência, o que seria suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 60 mil habitantes. Com isso, os hospitais passarão a contar com uma fonte própria, limpa e renovável de energia.
Economia que salva vidas
Segundo a Itaipu Binacional, a economia gerada pode chegar a R$ 12 milhões por ano em contas de luz. Esse valor, por sua vez, poderá ser direcionado para contratação de profissionais, aquisição de medicamentos e melhorias estruturais nos hospitais.
Assim, um exemplo é a Santa Casa de Londrina, que hoje paga cerca de R$ 350 mil mensais em energia. Com os novos sistemas solares, esse valor pode cair para apenas R$ 230. Essa redução drástica representa alívio financeiro imediato.
Obras de Itaipu começam em abril
As obras nas 29 unidades com usinas menores devem começar já em abril, enquanto as quatro grandes usinas fotovoltaicas devem iniciar suas obras em junho. O convênio contempla tanto hospitais do grupo tarifário A (alta tensão) quanto do grupo B (baixa e média tensão).
“Esses hospitais passam a contar com sua própria energia, uma energia limpa e barata. E com isso, conseguem melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou Enio Verri, diretor-geral da Itaipu.
Projeto pode servir de modelo nacional
Assim, o projeto chamou atenção até do Ministério da Saúde. Presente na cerimônia de assinatura, o ministro Alexandre Padilha elogiou a parceria e destacou que a iniciativa pode inspirar ações semelhantes em outros estados brasileiros.
“Economizar energia significa transformar recurso financeiro em mais atendimento à população, diminuindo as filas por consultas e exames”, afirmou.
Energia solar contra o caos financeiro
Assim, a proposta surge como uma luz no fim do túnel para muitas instituições filantrópicas, que enfrentam dificuldades financeiras. “Deixando de pagar energia, sobram recursos para investir em outras áreas. Isso nos ajuda a sair do caos atual”, comentou Héracles Arrais, diretor da Santa Casa de Paranavaí e vice-presidente da Femipa.
Atualmente, as 92 instituições associadas à Femipa são responsáveis por mais de 50% dos atendimentos do SUS no Paraná — e, em algumas áreas de alta complexidade, esse número ultrapassa 70%.
Energia que gera saúde
Além de reduzir custos e promover sustentabilidade, a iniciativa reforça o papel da energia solar como ferramenta estratégica para transformar setores essenciais como a saúde. O impacto será sentido não apenas nos hospitais, mas também na vida de milhares de pacientes.
Afinal, quando sobra energia, também sobra esperança.