O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) deu um passo significativo rumo à sustentabilidade, tornando-se autossuficiente em energia com a inauguração da Usina Fotovoltaica da Gameleira. Composta por 6.000 placas solares, a usina gera 400 mil kWh por mês, garantindo que o Judiciário do estado opere totalmente com energia limpa. Essa ação faz parte de um movimento maior no Judiciário brasileiro para priorizar questões ambientais e reduzir as emissões de carbono.
Durante o Encontro do Conselho de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), o desembargador Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJMS, destacou a importância dessa conquista e anunciou planos ainda mais ambiciosos. Além da usina da Gameleira, o TJMS prevê a instalação de mais 50 usinas solares em 49 comarcas, com capacidade total de 931 mil kWh, o suficiente para abastecer uma cidade de 5.000 habitantes.
Essas ações colocam o Judiciário do MS em posição de liderança nas iniciativas de sustentabilidade, alinhando-se às recomendações do STF e do CNJ, lideradas pelo ministro Luís Roberto Barroso, que incentivam o uso de verbas judiciais para projetos ambientais e de descarbonização. O CNJ também deve lançar um conjunto de medidas de descarbonização nas próximas semanas, reforçando o compromisso do Judiciário brasileiro com o meio ambiente.
O desembargador Martins afirmou que a meta é que o Judiciário de Mato Grosso do Sul seja o primeiro ente federativo brasileiro a alcançar a neutralidade de carbono até 2030.