O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está se posicionando contra uma emenda aprovada no Senado que favorece a geração distribuída de energia solar. A medida foi incluída no Projeto de Lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), mas agora, ao retornar à Câmara, o governo busca remover esse benefício. Silveira argumenta que a emenda pode gerar um impacto de R$ 2 bilhões anuais aos consumidores, refletindo em aumento nas contas de luz.
Em entrevista ao Poder360, o ministro destacou que a emenda foi introduzida no último momento, sem consulta prévia ao governo. Ele afirma que não vê necessidade da medida para o desenvolvimento da energia solar no Brasil, já que o setor está consolidado e em pleno crescimento.
A emenda, de autoria do senador Irajá (PSD-TO), prevê um prazo de 30 meses para minigeradores solares iniciarem a injeção de energia na rede, além de benefícios adicionais para novos projetos. No entanto, Silveira deixou claro que o Ministério está negociando sua retirada, destacando a importância de uma avaliação técnica e o impacto financeiro da medida. Ele espera que a Câmara derrube a emenda e avance com o Projeto Combustível do Futuro, considerado um dos mais relevantes para o setor energético.