Não é novidade que o mercado de energia solar é dominado por equipamentos de produção chinesa. Responsável pela produção de 75% dos módulos fotovoltaicos e 85% das células fotovoltaicas, a China tem levado países como os EUA a buscar formas de favorecer a produção local.
As medidas sendo tomadas nos EUA, porém, não parecem promissoras.
Especialistas alertam que as novas regras dos EUA para acelerar o retorno das cadeias de abastecimento de energia limpa terão pouco impacto imediato na redução da dependência da China em importações. O Departamento do Tesouro emitiu orientações que permitem que apenas desenvolvedores solares dos EUA obtenham créditos fiscais se produzirem suas próprias células solares no país. No entanto, devido à capacidade de produção limitada dos EUA, poucas empresas existentes poderão aproveitar o subsídio.
Analistas afirmam que os EUA continuarão dependendo do suprimento chinês de células solares, já que a maioria dos projetos solares no país utiliza células fabricadas em fábricas no sudeste asiático, muitas delas pertencentes a empresas chinesas. Embora as empresas que utilizam células importadas não se qualifiquem para o crédito total, ainda podem importar outros componentes de painéis solares do exterior.
Essas medidas visam reduzir a dependência da China nas cadeias globais de tecnologia limpa, mas especialistas argumentam que as restrições atuais não são suficientes para reconstruir a indústria solar dos EUA e alcançar a autossuficiência. A capacidade de produção dos EUA para células solares é significativamente menor em comparação com a China, que domina a produção mundial de wafers, células e módulos solares.
A taxa de instalações solares nos EUA diminuiu no último ano devido a restrições na cadeia de suprimentos e restrições comerciais sobre importações relacionadas à energia solar. Embora alguns considerem as novas orientações inadequadas, outros expressam preocupações de que as exigências atuais possam afetar negativamente os planos de desenvolvimento de energia solar no país.