O Governo Federal pretende realizar altos investimentos em tecnologias verdes para geração de energias renováveis a fim de manter no território nacional, boa parte da riqueza gerada, beneficiando a industrialização nacional e contribuindo para a transição energética global.
Na abertura do Congresso Brasil Competitivo, realizado na sexta-feira (21/10), o assessor especial do Ministério da Fazenda, João Paulo Resende, deixa claro que a ideia do Governo Federal é fazer com que grandes multinacionais optem por produzirem suas tecnologias renováveis no Brasil ao invés de o país ficar “exportando subsídio brasileiro para limpar a matriz de produção elétrica da Alemanha, da França, dos Estados Unidos, para eles produzirem bens industriais verdes”, afirmou.
Assim, a melhor forma de participar do processo de transição energética global é fazer com que as grandes potências do mundo venham produzir bens industrializados no Brasil.
No evento, Fernando Haddad, o assessor que representava o ministro da Fazenda questionou as demandas por investimentos públicos em novas tecnologias, como a produção de hidrogênio verde, que chega a demandar milhões de reais para ser criada e ainda está em fase de pesquisas.
“É como se a Arábia Saudita dissesse ‘eu preciso colocar dinheiro de outros setores na produção de petróleo para podermos ser competitivos’ (…) Se tem uma coisa que dá para dizer que temos competitividade são as energias limpas. Esse é o nosso trunfo. É o momento de aproveitarmos a oportunidade”, afirmou Resende.