A revolução energética está em curso! Em 2024, a flexibilização das regras permitiu que todos os consumidores de alta tensão, incluindo órgãos públicos, explorassem o mercado livre de energia elétrica. E a mudança já está mostrando seu impacto!
Com a nova legislação, entes federais, estaduais e municipais estão cada vez mais interessados em migrar do modelo tradicional para um ambiente de contratação livre. No mercado livre, é possível escolher o fornecedor de energia, o que promete não só redução de custos, mas também um avanço significativo nas práticas sustentáveis.
Os órgãos públicos consomem cerca de 3% da energia elétrica do Brasil, totalizando impressionantes 15 GWh por ano, conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Com a abertura do mercado, esses consumidores têm a oportunidade de negociar diretamente com geradoras e comercializadoras, uma mudança que pode ser transformadora.
Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez história ao fechar um contrato com a Echoenergia para a compra de 320 GWh de energia até 2025. A iniciativa não só garantirá energia renovável para suas unidades em vários estados, como também promete economizar mais de R$ 60 milhões por ano e reduzir em 48 mil toneladas as emissões de carbono ao longo do contrato. Além disso, os certificados I-RECs assegurarão a rastreabilidade da energia verde.
A Prefeitura do Rio de Janeiro também está na vanguarda dessa mudança. Desde o ano passado, a cidade entrou no mercado livre com a 2W Ecobank para abastecer o Centro Administrativo São Sebastião e outras unidades públicas. A previsão é de uma economia de R$ 30 milhões na sede administrativa e a redução de 40 mil toneladas de CO2 ao longo do contrato. E não para por aí: a migração das unidades de saúde pode gerar uma economia de R$ 115 milhões e evitar 74 mil toneladas de gases de efeito estufa em cinco anos!
Essa transição para o mercado livre de energia está trazendo à tona um novo paradigma na administração pública, evidenciando a busca por soluções modernas e eficientes. Segundo Ana Beatriz Alves Cuzzatti, coordenadora-geral de infraestrutura da Fiocruz, “a administração pública está rompendo paradigmas e adotando soluções inovadoras”.
Enquanto isso, a Echoenergia está ajudando outros órgãos públicos a se adaptarem ao mercado livre, garantindo segurança e eficiência na transição. “Cada cliente tem necessidades específicas, e nós estamos criando estratégias personalizadas para atender a essas demandas”, afirma Hélio Rafael, diretor de vendas da empresa.
No entanto, o caminho não é sem desafios. A necessidade de decisões ágeis e uma boa avaliação de crédito dos fornecedores são pontos críticos que podem afetar a migração para o mercado livre.