A Reforma Tributária já começou a redesenhar o cenário econômico do Brasil, trazendo mudanças profundas na forma como impostos são cobrados e impactando diretamente diversos setores – inclusive o de energia solar. Mas afinal, o que isso significa na prática?
De acordo com Einar Tribuci, professor do Canal Solar e especialista em direito tributário, a reforma “veio para organizar um sistema tributário caótico”, mas a transição até 2032 será um grande desafio, já que, por um tempo, dois modelos de tributação conviverão ao mesmo tempo.
O novo sistema substitui impostos como ICMS, ISS, PIS e COFINS por dois tributos: CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A promessa é de simplificação, mas os cálculos mostram que a carga tributária pode aumentar para muitos consumidores. Em São Paulo, por exemplo, a tributação total pode subir de 23% para 28,70% a partir de 2026, impactando diretamente as contas de energia elétrica.
E o setor de energia solar?
A geração distribuída (GD), o mercado livre de energia e a venda de kits fotovoltaicos serão impactados pela nova tributação. Segundo o diretor da Prime Energy, essa mudança exigirá adaptação rápida das empresas. Mas também pode criar novas oportunidades para quem entender bem as novas regras.
Apesar do aumento na carga tributária, a energia solar continuará sendo um investimento atrativo. Para Bruno Kikumoto, CEO do Canal Solar, o mercado tende a se ajustar, e os benefícios da geração solar permanecem sólidos.
O alerta dos especialistas é claro: o setor precisa ficar atento às novas regras e buscar soluções inteligentes para manter a competitividade. Afinal, em um cenário de constantes mudanças, quem se adapta primeiro, sai na frente.