O Rio de Janeiro registrou o maior número de furtos de energia em 2023, segundo levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica. O estado perdeu 11,27 milhões de MWh devido a furtos no período.
O estudo revelou um aumento de 20% nas perdas com furtos em todo o país entre 2022 e 2023. Nos últimos 15 anos, o prejuízo acumulado chega a 500 milhões de MWh. A associação alerta que o custo dos furtos pode ser repassado aos consumidores, elevando a conta de luz.
Marcos Madureira, presidente da associação, enfatiza que o furto de energia deve ser tratado como um crime. “Em 2023, atingimos um indicador que representa cerca de 17% do mercado de varejo. Esse ato criminoso coloca em risco não só quem desvia energia, mas também a população ao redor,” afirma Madureira.
Se o volume de energia furtada no país fosse comparado a uma usina, teria a segunda maior produção do Brasil, superando a Usina de Belo Monte e ficando atrás apenas da Usina de Itaipu. No Rio de Janeiro, a concessionária Light relata que para cada cem clientes regulares, há 34 que furtam energia, causando um prejuízo anual de cerca de R$ 800 milhões. Nos primeiros quatro meses de 2024, a Light recuperou cerca de 50 GWh de energia, suficiente para abastecer 21 mil residências por um ano.
Esta situação destaca a necessidade urgente de medidas rigorosas para combater o furto de energia e proteger tanto os consumidores quanto a infraestrutura elétrica.