A eficiência dos painéis solares, uma das maiores barreiras para sua adoção em massa, pode estar prestes a dar um salto histórico. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Irvine (UC Irvine), descobriram uma técnica revolucionária que promete aumentar em 10.000 vezes a capacidade de captação de luz das células solares superfinas, sem a necessidade de mudar a composição do silício, material predominante nesses painéis.
Normalmente, o silício, apesar de abundante, não absorve luz de maneira eficaz, limitando o desempenho das células solares. No entanto, a equipe da UC Irvine encontrou uma solução ao manipular a interação da luz com o material. Em vez de modificar o silício, a técnica foca em “capturar” fótons — partículas de luz — em saliências próximas ao material, conferindo-lhes novas propriedades e aumentando a eficiência da captação de energia.
Essa abordagem cria uma absorção de luz muito mais potente e economiza nos custos, tornando possível a criação de painéis ultrafinos e eficientes. Com isso, aplicações que vão desde dispositivos vestíveis até veículos podem se beneficiar. Assim, aproximando-nos de um futuro onde eletrônicos e roupas podem gerar energia a partir da luz ambiente.
Essa descoberta não só representa um avanço para o setor de energia solar, mas também promete expandir as possibilidades de inovação em eletrônica e tecnologia de energia renovável.