Após quatro anos, Donald Trump retorna à presidência dos Estados Unidos. Ao vencer Kamala Harris, ele se torna o 47º presidente do país. Assim, essa vitória gera dúvidas sobre o futuro da energia sob sua gestão, marcada pelo foco em combustíveis fósseis e pouca ênfase em renováveis.
Índice
Trump e os Planos para o Setor de Energia
O plano energético de Trump, disponível em seu site, indica uma remoção das restrições do governo Biden sobre petróleo, gás e carvão. Seu objetivo é garantir independência energética aos Estados Unidos e reduzir os preços de energia. Além disso, Trump quer transformar o país no maior produtor de petróleo e gás natural do mundo.
Apoio à Indústria Automobilística
Trump também pretende revitalizar a indústria automobilística. Entre as medidas, ele planeja restringir a importação de veículos elétricos chineses. Assim, essa ação visa fortalecer a produção nacional e recuperar a competitividade do setor.
Trump e o Impacto no Mercado de Energia Solar
Assim, a confirmação de Trump causou uma reação no mercado financeiro. As ações de empresas de energia solar, como First Solar e Enphase, caíram 14% e 12%, respectivamente. Empresas que fornecem serviços de energia solar, como Sunrun e Sunnova, tiveram quedas ainda maiores, de até 21%. Esse cenário reflete o receio de que o novo governo reduza os incentivos do IRA (Inflation Reduction Act), criado para fomentar energias limpas.
Desafios para Revogar Incentivos Renováveis
Embora Trump não tenha mencionado mudanças específicas para o setor renovável, existe preocupação sobre possíveis ajustes no IRA. No entanto, especialistas acreditam que seria difícil reverter essas políticas, pois a energia limpa conta com apoio em estados republicanos que lucraram com o crescimento do setor. “A criação de empregos e os ganhos econômicos têm sido tão expressivos em estados republicanos que é difícil imaginar um governo ignorando isso,” afirmou Carl Fleming, sócio da McDermott Will & Emery, à Reuters.