(A penúltima é a mais importante)
- Moradores da região Nordeste ficaram mais de 6 horas sem energia elétrica por causa do apagão.A região concentra a maior parcela de geração feita por usinas eólicas e solares no país, que produzem energia de forma não contínua e demoram mais para voltar a produzir. Outros lugares levaram apenas 1 hora para normalizar a distribuição de energia.
- O evento traz de volta aos brasileiros o medo de que novos blecautes possam acontecer. Em memória à maior crise energética que o país já enfrentou, em julho de 2001. Na época, o presidente Fernando Henrique Cardoso decretou um racionamento de energia, devido à negligência e falta de investimentos no setor energético, que fez com que o Brasil ficasse exposto aos humores do clima no abastecimento de energia. Desde então, ficou o trauma nos brasileiros.
- Ao total, 29 milhões de unidades consumidoras, como residências, comércios, escolas e hospitais foram afetadas pelo apagão, segundo dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Foram 19 GW que foram impedidos de chegar até a população, o que corresponde a 27% da carga total do sistema.
- O governo ainda deve demorar 45 dias úteis para explicar a contento as causas do apagão. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirma que foi identificada uma falha na linha de transmissão 500kV Quixadá II/Fortaleza II, no Ceará. A linha é operada pela Chesf, subsidiária da Eletrobras. De acordo com o informe, uma atuação incorreta no sistema de proteção da linha, que operava dentro dos limites, ocasionou o seu desligamento. No entanto, esse incidente sozinho não poderia ter causado um apagão da magnitude que ocorreu, segundo o relatório.
- O apagão deu impulso às discussões sobre a revisão da privatização da Eletrobras, concluída em junho do ano passado, durante o governo Jair Bolsonaro. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou decreto que exclui as ações da empresa ainda sob controle do governo do Programa Nacional de Desestatização (PND). O decreto também revoga a qualificação das participações acionárias remanescentes de emissão da Eletrobras do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).