Nesta terça-feira (19/12) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) , aprovou oficialmente o uso da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para bancar a importação de energia da Venezuela para suprir Roraima.
A energia será importada pela empresa Âmbar, do grupo J&F, que será remunerada pela CCC — encargo usado para custear a geração de energia termelétrica em sistemas isolados e pago por todos os consumidores na conta de luz.
Como único estado que não está ligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), Roraima é atendido por usinas mais poluentes e caras, como as termelétricas. A estimativa, é que com a importação da Venezuela, haja uma economia mensal de cerca de R$ 9 milhões na CCC apenas no período de novembro a janeiro de 2024.
O preço da energia importada será de R$ 1.080,00 por megawatt-hora (MWh) para os primeiros 30 MW importados e depois, para a importação de 31 MW a 60 MW, o preço passa a R$ 900 por MWh.
“Um detalhe importante é que essa deliberação do CMSE, com base nos estudos do operador, foi pré-definido que esse montante de importação não deveria superar 15 MW ao longo da operação da importação”
~ Alessandro Cantarino, superintendente da Aneel
Segundo a Aneel, a Âmbar deve receber R$ 17 milhões entre novembro e janeiro de 2024 — período em que a importação foi autorizada. Com a importação, a energia das usinas termelétricas que hoje abastecem Roraima será substituída pela produção da usina hidrelétrica de Guri, na Venezuela.
A retomada foi viabilizada por um decreto assinado em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que autorizou o Brasil a importar energia de países vizinhos. Saiba mais.