O Brasil pode ser uma nova potência global de energia limpa. É o que aponta um novo estudo do Grupo Banco Mundial, que também reforça a necessidade de proteger e recuperar especialmente a Amazônia e o Cerrado.
O relatório também mostra que eventos climáticos extremos podem levar até 3 milhões de brasileiros à pobreza nesta década. Para evitar esse cenário catastrófico e assumir a posição de potência global, o Brasil precisa adotar um plano de desenvolvimento de baixo carbono, que produza mais alimentos usando menos terras e melhore a proteção às florestas.
Os investimentos indicados no relatório são modestos, mas de resultados expressivos. De acordo com o documento, o Brasil está em uma posição excepcional para se beneficiar das ações climáticas, isso porque as emissões de gases do efeito estufa (GEE) no Brasil mostra números muito diferentes do resto do mundo. Mundialmente, 3/4 da emissão de (GEE) vem do setor energético (para eletricidade, aquecimento e arrefecimento, transporte, indústrias e outros usos), enquanto no Brasil a energia renovável domina o mercado e os “vilões” são, na verdade, o uso do solo, desmatamento e agricultura.
As políticas de conservação florestal, associadas a outros fatores econômicos, contribuíram para uma
redução de 80% nas taxas de desmatamento na Amazônia de 2004 a 2012. No entanto, o desmatamento
vem apresentando uma tendência ascendente recentemente, o que representa um desafio para cumprir
os objetivos de sustentabilidade de longo prazo.
