Brasil perde 14% da energia gerada antes de chegar ao consumidor final

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Um estudo publicado na Cognitionis Scientific Journal revelou que cerca de 14% da energia elétrica gerada no Brasil se perde antes de chegar ao consumidor final. Assim, o desperdício, que ocorre por falhas técnicas e furtos de eletricidade, impacta diretamente a conta de luz da população e aumenta os custos operacionais das concessionárias.

Assim, a pesquisa, conduzida por especialistas da Faculdade Independente do Nordeste e da Logos University International, aponta que a instalação de reguladores de tensão e um planejamento mais eficiente das redes de distribuição poderiam minimizar essas perdas. Segundo os pesquisadores, o investimento em infraestrutura moderna e automação traria mais confiabilidade ao sistema elétrico, reduzindo o desperdício e os custos repassados aos consumidores.

Causas do desperdício de energia

As perdas no sistema elétrico brasileiro são divididas em técnicas e não técnicas. Assim, as perdas técnicas ocorrem naturalmente devido à resistência dos cabos e transformadores, resultando na dissipação de energia em forma de calor. Já as perdas não técnicas envolvem furtos de eletricidade, erros de medição e falhas administrativas.

De acordo com o estudo, parte do valor pago na conta de luz pelos brasileiros corresponde a essa energia desperdiçada no caminho entre a geração e o consumo. “Se as concessionárias adotassem reguladores de tensão mais eficientes e investissem em modernização da rede elétrica, as perdas seriam reduzidas e os custos operacionais diminuiriam, impactando positivamente o bolso do consumidor”, explica Jhonata Jankowitsch Amorim, um dos autores da pesquisa.

Soluções para reduzir as perdas no setor elétrico

O estudo aponta que algumas medidas podem reduzir significativamente as perdas de energia no Brasil, incluindo:

  • Uso de reguladores de tensão: equipamentos que estabilizam a rede elétrica e evitam oscilações que aumentam o desperdício;
  • Melhoria no planejamento das redes de distribuição, garantindo mais eficiência no transporte da energia;
  • Investimentos em tecnologia e automação, permitindo o monitoramento em tempo real do consumo e da distribuição;
  • Combate ao furto de energia, um dos principais fatores das perdas não técnicas.

Entre os equipamentos citados no estudo, destacam-se os reguladores de 32 degraus, que ajustam automaticamente a tensão elétrica, e o Autobooster, um dispositivo utilizado principalmente em áreas rurais para estabilizar a energia onde há quedas frequentes.

Impactos na economia e no futuro da energia no Brasil

Assim, além do impacto na conta de luz, os pesquisadores ressaltam que um sistema elétrico mais eficiente traria benefícios para a economia. Empresas e indústrias que dependem de energia estável poderiam reduzir prejuízos causados por oscilações e falhas no fornecimento elétrico.

A pesquisa reforça que, sem investimentos em infraestrutura elétrica moderna e planejamento estratégico, o Brasil continuará desperdiçando bilhões de reais em energia perdida, enquanto os consumidores seguirão pagando tarifas elevadas.

Para especialistas, o caminho para um setor elétrico mais eficiente passa pela tecnologia e por políticas públicas que incentivem a modernização da distribuição de energia. O estudo conclui que um sistema elétrico otimizado não apenas reduziria os custos da energia no país, mas também contribuiria para um futuro mais sustentável.

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