Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado um crescimento notável no setor de energias renováveis, impulsionado principalmente pela expansão da geração eólica e solar.
No entanto, o apagão nacional de terça-feira (15/08) preocupou a população sobre a eficácia das fontes renováveis no fornecimento de energia elétrica.
Embora as fontes renováveis sejam mais limpas e economicamente mais vantajosas para os consumidores, a intermitência é um desafio constante.
Diferentemente das usinas termelétricas, que podem operar continuamente, as fontes eólica e solar dependem das condições climáticas para gerar energia.
Por conseguinte, sua capacidade de geração pode variar substancialmente de acordo com a disponibilidade de luz solar e vento.
Com o apagão, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) relatou a separação elétrica das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, devido ao desligamento de linhas de transmissão. Destaca-se que, na última década, a região Nordeste tornou-se grande geradora de energias renováveis, tornando-se um exportador para as regiões do Sudeste/Centro-Oeste.
Assim, esse incidente colocou em discussão a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira e seus impactos operacionais.
Sobretudo, é importante destacar que há possibilidade de mais de um evento ter resultado no problema, o que está sendo estudado pelo governo.
“O sistema tem que se aperfeiçoar e se adaptar às energias limpas e renováveis. Fato é que elas são fundamentais e imprescindíveis para a transição energética”, defende o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista coletiva na semana passada.