A medida que diversos países no mundo buscam alternativas em energia renovável para combater as mudanças climáticas e suas consequências, profissionais da área desenvolvem cada vez mais tecnologias para suprir essa necessidade, como é o caso dessa ideia:
A startup britânica Xlinks está desenvolvendo um cabo submarino que irá transmitir eletricidade renovável do Marrocos até o Reno Unido. Parece mentira, não parece?
Esses cabos, passarão por águas portuguesas, espanholas e francesas, aproximadamente 3.800 km abaixo do mar. A energia solar será produzida no sul do Marrocos, na região de Guelmim Oued Noun e interconectada em um vilarejo chamado Alverdiscott.
Segundo o presidente executivo da Xlinks, Sir Dave Lewis, os custos do projeto são estimados entre £20 bilhões e £22 bilhões. Até o momento, eles só conseguiram arrecadar £45 milhões em rodadas de investimento, mas é bastante provável que eles reúnam todo o dinheiro; segundo a secretaria de energia do Reino Unido, Claire Coutinho, o projeto tem uma ‘significância nacional’:
“O projeto proposto poderia desempenhar um papel importante ao possibilitar um sistema de energia que atenda ao compromisso do Reino Unido de reduzir as emissões de carbono e aos objetivos do governo de criar um fornecimento de energia seguro, confiável e acessível para os consumidores”
Serão coletados 7 Gigawatts (GW) de energia de um parque solar e 3,5 GW de turbinas eólicas em energia renovável, possibilitando alimentar a eletricidade de mais de sete milhões de casas no Reino Unido até 2030. O total de 10,5 GW seria capaz de fornecer aproximadamente 8% de toda a eletricidade necessária para alimentar o país.
Este projeto, será considerado o cabo de alta tensão utilizado embaixo da água mais longo do mundo.
“Este é um marco importante para o nosso projeto, que oferece certeza e clareza sobre o processo legal e os prazos para a aprovação do projeto. A decisão reflete a verdadeira diferença que o nosso projeto pode fazer para os compromissos climáticos do país e a segurança energética”, afirma o CEO da Xlinks, Simon Morrish.