Prepare-se para um aumento nas contas de energia elétrica a partir de amanhã (1º de outubro). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para este mês será a vermelha no patamar 2, a mais alta do sistema de bandeiras tarifárias. Isso significa que os consumidores pagarão um acréscimo de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o que representa uma elevação de R$ 3,41 em relação ao valor cobrado no mês anterior, quando o patamar era de R$ 4,46.
O principal motivo para a mudança é a baixa nos níveis dos rios, que afeta a geração de energia hidrelétrica — a principal fonte de eletricidade no Brasil. Com a estiagem severa, o Sistema Interligado Nacional (SIN) precisará recorrer à energia gerada por usinas termelétricas, que é mais cara devido à queima de combustíveis fósseis.
O acionamento dessa bandeira vermelha no patamar mais alto não acontecia desde agosto de 2011, tornando este um marco preocupante para o setor. Após um período prolongado de bandeiras verdes, iniciado em abril de 2022 e interrompido apenas em julho de 2024 com bandeira amarela, a mudança rápida para bandeira vermelha reflete o agravamento das condições hídricas e o aumento do custo de geração de energia.
Como Funciona o Sistema de Bandeiras Tarifárias?
Criado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica os custos adicionais da geração de energia, ajudando a sinalizar para o consumidor quando é necessário economizar. Quando as condições de geração estão desfavoráveis, a bandeira vermelha entra em cena como um alerta para o consumidor sobre a pressão nos custos e a situação energética do país.
Com esse novo cenário, a orientação para a população é reforçar a economia de energia para evitar surpresas no fim do mês e reduzir o impacto financeiro nas próximas faturas.