Com a crescente necessidade de gerir propriedades rurais de forma eficiente, produtores brasileiros estão cada vez mais adotando energias renováveis. Desde 2012, os investimentos em sistemas distribuídos no agronegócio somam R$ 15,5 bilhões, com a energia solar liderando o uso em irrigação, refrigeração de alimentos e monitoramento de plantios.
Atualmente, mais de 200 mil consumidores rurais utilizam sistemas de energia solar, com mais de 170 mil conexões em 4,9 mil municípios. Além dos painéis solares, outras fontes sustentáveis, como biogás e biometano, estão ganhando espaço, contribuindo significativamente para a transição energética e redução das emissões de carbono.
O agronegócio brasileiro desempenha um papel crucial na transição para energias limpas. Tecnologias como o etanol de rota verde-musgo, que pode resultar em emissões neutras ou negativas, demonstram o potencial do setor em capturar carbono da atmosfera, segundo Alexandre Alonso, pesquisador da Embrapa Agroenergia.
Com investimentos globais em tecnologias de transição energética estimados em US$ 5 trilhões, o agronegócio tem um universo de oportunidades. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) destaca ações a curto, médio e longo prazo para integrar energias renováveis nas propriedades rurais, desde a produção de biocombustíveis até o uso de hidrogênio verde.
Biocombustíveis reaproveitam resíduos agrícolas para gerar biogás e biometano, enquanto o hidrogênio verde, produzido a partir de fontes eólicas, hidráulicas ou solares, promete reduzir custos e aumentar a produtividade agrícola. Essas energias sustentam a irrigação, manejo de culturas, abastecem motores de tratores e plataformas tecnológicas, transformando o agronegócio em um setor cada vez mais sustentável e eficiente.
O Bradesco oferece financiamento para sistemas de energia fotovoltaica, facilitando a aquisição de tecnologias sustentáveis pelos produtores rurais através do BNDES.