Desde 2012, a comunidade ribeirinha de Santa Helena do Inglês, em Iranduba (Amazônia), passou a ter energia elétrica, mas de forma intermitente. Somente em 2021, com o projeto Sempre Luz, a iluminação se tornou estável nas casas da região da Amazônia. Esse avanço, impulsionado pela energia solar, trouxe grandes transformações ao cotidiano e à economia local. Agora, 100 famílias dedicadas à pesca do jaraqui, principal fonte de renda, podem contar com infraestrutura para conservar seus produtos.
Nelson Brito, líder comunitário, explica que essa mudança aumentou a qualidade de vida e os ganhos. Cada tonelada de pescado, vendida em Manaus, rende entre R$ 3.000 e R$ 4.000, um valor significativo para a comunidade. Além disso, a chegada de equipamentos como barcos e redes assegura a atividade de pesca e o sustento das famílias.
Antes do projeto, a energia vinha do programa Luz para Todos, que ainda complementa o sistema atual. Hoje, 132 painéis solares e 54 baterias de lítio garantem a geração de energia. Esse sistema, implantado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em parceria com a UCB, recebeu um investimento de R$ 1,78 milhão e inclui treinamento para manutenção.
A energia solar está criando novas oportunidades nas comunidades amazônicas, mas ainda há desafios. Valcleia Solidade, da FAS, alerta que mais de 5.000 comunidades na Amazônia enfrentam falta d