Os Estados Unidos anunciaram tarifas pesadas contra a importação de painéis solares fabricados no Sudeste Asiático. Em alguns casos, os impostos ultrapassam 3.500%. A medida é parte de uma disputa comercial que envolve acusações de dumping e subsídios ilegais por parte de fabricantes chineses.
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Fabricantes Americanos Reagem à Concorrência Desleal
A empresa sul-coreana Hanwha Qcells e a americana First Solar, junto com outros produtores menores, abriram o processo em 2023. Eles alegaram que empresas chinesas usaram fábricas em países como Tailândia, Vietnã, Malásia e Camboja para vender produtos com preços abaixo do custo de produção.
Assim, essas ações teriam prejudicado gravemente os investimentos feitos nos Estados Unidos. Assim, o comitê peticionário argumenta que os painéis chegam com forte apoio de subsídios do governo chinês, o que torna a concorrência desleal.
Tarifas Variam por Empresa e País
Os novos impostos afetam diferentes fabricantes de forma desigual:
- Jinko Solar (Malásia): 41,56% de tarifa.
- Trina Solar (Tailândia): 375,19%.
- Fabricantes do Camboja: mais de 3.500%, por não colaborarem com a investigação.
Assim, as tarifas ainda precisam de aprovação final. A Comissão de Comércio Internacional votará em junho para decidir se as importações realmente causaram prejuízo à indústria nacional.
Mudanças no Fluxo Global de Energia Solar
A ameaça dessas tarifas já reduziu drasticamente as importações dos países-alvo. Por outro lado, Laos e Indonésia começaram a preencher esse espaço no mercado.
Assim, enquanto isso, produtores americanos que montam painéis solares com partes importadas demonstram preocupação. A Associação das Indústrias de Energia Solar (SEIA) alerta que os preços podem subir, comprometendo a expansão da energia limpa nos EUA.