A geração de energia solar fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional (SIN) disparou em maio, registrando um crescimento impressionante de 50,1%. Os números, revelados pelo boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mostram que a produção saltou para 3.116 megawatts médios (MWmed), comparado aos 2.076 MWmed no mesmo período de 2023. Não apenas a energia solar brilhou, mas as usinas hidrelétricas e eólicas também mostraram crescimento, com aumentos de 2,2% e 26%, respectivamente.
Contrariando essa tendência, as usinas térmicas viram uma queda de 5,5% em sua geração. No total, a geração de energia no SIN alcançou 73.299 MWmed, um aumento de 5,9% em relação ao ano anterior.
Segundo a CCEE, o consumo de energia elétrica no SIN subiu 8% em comparação ao mesmo período do ano passado. No Ambiente de Contratação Regulada (ACR), o crescimento foi de 12,3%, enquanto no Ambiente de Contratação Livre (ACL), o aumento foi mais modesto, de 1,8%.
Analisando por regiões, o aumento das temperaturas e a redução das chuvas no sudeste, centro-oeste e nordeste resultaram em variações notáveis. Rio de Janeiro liderou com um crescimento de 18,8%, seguido por Espírito Santo (18,5%), Mato Grosso do Sul (13,3%), Paraná (10,7%) e São Paulo (10,3%). No extremo oposto, Rondônia e Rio Grande do Sul apresentaram uma queda de 2,6%.
Em um contexto de chuvas intensas no extremo sul e frio que se estendeu ao norte, o consumo residencial no Rio Grande do Sul cresceu 8,1%, apesar dos alagamentos no início do mês. No entanto, o ambiente livre sofreu perdas de -19,3% ao longo de maio.
Nos setores econômicos, o destaque ficou com os serviços (9,0%), seguido por madeira, papel e celulose (7,4%), bebidas (6,0%) e transportes (5,0%). Em contraste, os setores de têxteis (-6,5%), químicos (-4,5%), veículos (-2,1%), comércio (-1,3%) e telecomunicações (-1,1%) enfrentaram declínios.
A CCEE ressaltou que este foi o segundo mês consecutivo de queda no comércio e um retorno ao campo negativo para o setor de veículos, que havia registrado um aumento significativo no mês anterior.