Prepare o bolso: a conta de luz deve subir, em média, 4,67% em 2025 para consumidores de baixa tensão — como residências e pequenos comércios. A estimativa é da TR Soluções, que aponta um vilão inesperado para o aumento: os fios.
Sim, cerca de 90% desse reajuste está ligado ao encarecimento dos componentes da TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição), que inclui postes, transformadores e, claro, os fios que levam a energia até sua casa. Só a TUSD CDE, que financia programas como o Luz para Todos, deve subir 23%. Já a TUSD FIO B, cobrada inclusive de quem tem sistema solar conectado à rede (on-grid), terá alta de 7,26%.
E tem mais: o valor da energia negociada entre distribuidoras e consumidores também deve subir 12,51%. Embora isso gere um impacto direto de 4,21% na tarifa final, especialistas afirmam que boa parte desse efeito será compensada com reduções de encargos e créditos tributários, como PIS e Cofins.
Assim, segundo Gabriel Marins Lemos, especialista da TR Soluções, essa compensação vem do fim de empréstimos emergenciais da Conta Covid e da Conta Escassez Hídrica, além de um alívio extra para quem tem energia solar: a cota da CDE GD — que cobre parte dos custos da geração distribuída — foi zerada em 2025.
Assim, os dados foram obtidos através do SETE (Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia) e consideram a média ponderada de 51 concessionárias no país. Ainda assim, a conta pode ficar mais salgada caso bandeiras tarifárias sejam acionadas ao longo do ano.