Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, enfatiza que o Brasil pode liderar a transição energética global por meio do hidrogênio verde. No entanto, ela ressalta que essa fonte de energia não deve ser vista apenas como uma mercadoria, mas sim como uma oportunidade para transformar a matriz energética do país em produtos de valor agregado para exportação.
Com um potencial técnico para produzir 1,8 bilhão de toneladas de hidrogênio por ano, o Brasil busca alinhar sua agenda com os compromissos internacionais de transição para energias renováveis. Marina destaca os esforços do governo para colaborar com o G20 e seguir as diretrizes estabelecidas na última conferência climática das Nações Unidas.
Internamente, o país está organizando um plano de transformação ecológica, com ênfase em finanças sustentáveis e parcerias com instituições internacionais. Marina participou de um painel do G20, onde a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, destacou as oportunidades de investimento na transição para emissões líquidas zero.
Um estudo da Unido ressalta a importância de países como o Brasil priorizarem a indústria doméstica no desenvolvimento do mercado de hidrogênio de baixo carbono. Com mais de US$ 30 bilhões em projetos de hidrogênio verde, o Brasil pode se destacar na produção de aço de baixo carbono, aproveitando suas reservas de minério de ferro e energia limpa.
O hidrogênio verde representa não apenas uma nova fonte de energia, mas uma oportunidade única para o Brasil liderar a transição energética global, impulsionando a economia e promovendo a sustentabilidade.