Com uma população de quase 1,5 bilhão de habitantes e uma economia em ascensão, a Índia enfrenta o desafio de atender à crescente demanda por energia sem aumentar a poluição. Com o objetivo de cumprir as metas climáticas e impulsionar as energias renováveis, surge um projeto ambicioso: o Parque de Energia Renovável de Khavda, localizado no oeste do país.
Esta megaestrutura ocupará uma área cinco vezes maior que Paris, sendo visível até mesmo do espaço. Estima-se que, após sua conclusão nos próximos cinco anos, a usina será capaz de gerar eletricidade suficiente para abastecer 16 milhões de residências indianas, equivalente ao consumo de um país como a Suíça.
O investimento de aproximadamente US$ 20 bilhões nesta empreitada é liderado pela Adani Green Energy Limited (AGEL), cujo diretor-executivo, Sagar Adani, é sobrinho do magnata Gautam Adani. Apesar da magnitude do projeto, a empresa enfrenta críticas devido ao seu envolvimento contínuo com combustíveis fósseis, incluindo o carvão.
Enquanto alguns especialistas em clima questionam os investimentos da AGEL, Sagar Adani defende a necessidade de fornecer energia para os mais de 600 milhões de indianos que devem ascender à classe média nas próximas décadas. Ele destaca a importância de equilibrar a transição energética com as necessidades básicas da população, ressaltando a significativa contribuição da Índia para a energia renovável.
Apesar das controvérsias, as imagens reveladas mostram o potencial impressionante deste projeto, enquanto a Índia busca avançar em direção a um futuro energético mais sustentável.