Itaipu Aposta em Energia Solar Flutuante

Energia Solar Flutuante

A Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma das maiores do mundo, está prestes a receber um projeto inovador. Em seu reservatório, localizado na fronteira entre Brasil e Paraguai, será instalada uma usina solar flutuante. A tecnologia promete eficiência superior e benefícios ambientais significativos.

O sistema, que ficará no lado paraguaio, terá 1 MWp de potência e poderá abastecer até 1.000 residências. Além disso, contribuirá para a redução da evaporação da água e para o controle da formação de algas. Assim, o investimento, estimado em US$ 854,5 mil, deve impulsionar novas pesquisas sobre esse modelo de geração.

Vantagens da Energia Solar Flutuante

Diferente dos painéis instalados em terra, os módulos flutuantes permanecem mais resfriados devido à proximidade com a água. Esse fator pode aumentar a eficiência energética em até 0,4% por grau Celsius. No entanto, a instalação enfrenta desafios, como a necessidade de fixação segura contra ventos e variações no nível do reservatório.

Assim, estudos apontam que se 1% das represas artificiais do Brasil fossem utilizadas para esse fim, o país poderia suprir 16% de sua demanda elétrica. Outros países, como Holanda, Estados Unidos e China, já adotam essa solução em larga escala.

Crescimento Acelerado do Setor Solar no Brasil

O Brasil segue avançando na geração de energia solar. Em 2024, o setor atraiu R$ 54,9 bilhões em investimentos, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior. Assim, desde 2012, os aportes totais já somam R$ 239 bilhões, gerando mais de 429 mil empregos.

Na geração distribuída, onde consumidores produzem sua própria energia, os estados líderes são:

  • São Paulo – 5.069,7 MW
  • Minas Gerais – 4.417,9 MW
  • Rio Grande do Sul – 3.167,2 MW
  • Paraná – 3.131,2 MW
  • Mato Grosso – 2.265,6 MW

Enquanto isso, na geração centralizada, Minas Gerais lidera com 6.904,9 MW, seguido por Bahia, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.

O Futuro da Energia Solar Flutuante

O projeto de Itaipu deve entrar em operação em 2026. Durante esse período, especialistas vão monitorar seu desempenho e compará-lo com usinas solares terrestres. Se os resultados forem positivos, a tecnologia poderá ser expandida para outros reservatórios do país.

Assim, com o crescimento global das usinas solares flutuantes, Itaipu se posiciona como referência em inovação energética. O potencial para ampliar a geração limpa e sustentável no Brasil nunca foi tão promissor.

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