Minas Gerais bate 4,5 GW em energia solar, mas uso ainda está abaixo do potencial

Minas Gerais

Minas Gerais atingiu um marco impressionante na geração própria de energia solar: 4,5 gigawatts (GW) instalados em telhados e pequenas propriedades. O estado já é o segundo maior do Brasil nesse segmento, abrangendo residências, comércios, indústrias, áreas rurais e prédios públicos. No entanto, especialistas apontam que o potencial ainda está longe de ser totalmente explorado.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), quando somada à geração centralizada – grandes usinas solares que distribuem eletricidade pelo sistema nacional –, Minas Gerais lidera a produção de energia solar no Brasil, com mais de 11 GW. Esse número se aproxima da capacidade da Usina Hidrelétrica de Itaipu, que gera 14 GW, um feito impressionante para a fonte renovável.

Crescimento e desafios da energia solar no estado

Apesar do avanço, apenas 8,7% das mais de 10 milhões de unidades consumidoras do estado participam da geração distribuída. Isso significa que há um enorme espaço para expansão, como destaca Bruno Catta Preta, coordenador estadual da Absolar. “Minas é o berço da energia solar, mas o número de usuários ainda é muito baixo”, afirma.

Desde 2012, os investimentos em geração própria de energia já ultrapassaram R$ 22 bilhões. No passado, a falta de empresas especializadas e o alto custo de importação dificultavam o acesso à tecnologia. Hoje, com linhas de crédito específicas e novos avanços, como inversores híbridos e baterias, o setor cresce aceleradamente e já gerou mais de 135 mil empregos no estado.

O papel do governo e a necessidade de incentivos

A Absolar defende que prédios públicos devem dar o exemplo e aderir à energia solar, mostrando os benefícios da economia e da eficiência energética. Além disso, um projeto de lei em tramitação no Senado, o PL nº 624/2023, pode impulsionar ainda mais o setor. Ele busca garantir o direito dos consumidores de conectar seus sistemas solares sem bloqueios das distribuidoras, além de transferir os custos de infraestrutura para as próprias concessionárias.

O futuro da energia solar e a preocupação com o descarte

Enquanto o setor avança, a reciclagem dos painéis solares já começa a ser uma preocupação. Apesar da longa vida útil de 25 anos, muitas placas são substituídas por modelos mais eficientes. Empresas especializadas já desenvolvem tecnologias para reaproveitar materiais valiosos como alumínio, prata e polisilício, garantindo que a energia solar continue sendo uma solução sustentável no longo prazo.

Minas Gerais segue como referência nacional na energia solar, mas ainda há muito espaço para crescer. Com incentivos certos e maior adesão da população, o estado pode consolidar-se definitivamente como líder absoluto na geração de energia limpa no Brasil.

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