O peso das mudanças climáticas no bolso do consumidor brasileiro

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As mudanças climáticas tem afetado bastante o bolso do brasileiro, principalmente no setor elétrico. Desde sempre, irregularidades das chuvas normalmente trazem pequenos desafios do ponto de vista energético. Atualmente, as fortes tempestades têm provocado diversas interrupções no fornecimento de energia em algumas partes do país, sendo a ocorrida em São Paulo neste mês de novembro, uma das mais graves da história. Algumas casas chegaram a ficar até 70horas sem energia elétrica.

Sucessivamente, as ondas de calor elevam as temperaturas a níveis extremos, fazendo  a demanda por energia atingir picos nunca antes vistos na história, e assim, exigem mais ainda dos sistemas de transmissão.

Segundo o sócio administrador da Exata Energia, Bernardo Marangon, as mudanças climáticas vão exigir cada vez mais investimentos, mas o grande desafio mesmo, será como modernizar as redes sem inflacionar a tarifa de energia para o consumidor final.

Para ele, a solução necessariamente passará pelo investimento em fontes renováveis e tecnologias de armazenamento de energia.

O Brasil, historicamente dependente de hidrelétricas, enfrentou desafios significativos em 2021 devido à escassez hídrica, levando a custos elevados na contratação de térmicas emergenciais. Um período hidrológico favorável em 2023 trouxe alívio, mas destacou a vulnerabilidade do sistema.

Especialistas apontam para a necessidade de diversificação da matriz energética, com destaque para energia solar e eólica. No entanto, a intermitência dessas fontes requer soluções inovadoras, como armazenamento centralizado de energia. O aumento da autonomia do consumidor, combinando energia solar com baterias, também é crucial.

As mudanças climáticas tornam essas transformações urgentes, demandando investimentos contínuos. O “paradoxo verde” destaca que soluções mais sustentáveis podem implicar custos adicionais. A substituição de fontes poluentes, como diesel, implica desafios econômicos, mas ignorar essas mudanças pode resultar em custos ainda maiores no futuro.

O presidente da PSR, Luiz Barroso, enfatiza a necessidade de incorporar os efeitos das mudanças climáticas nos estudos de planejamento, enquanto Edvaldo Santana destaca a importância de protocolos de contingência eficientes para minimizar impactos nos consumidores.

Cyro Vicente Boccuzzi ressalta que investimentos massivos em transmissão e distribuição são fundamentais. A falta de modernização e o ônus do passado limitam o espaço para avanços, indicando a necessidade de alinhamento e revisão de políticas.

O setor elétrico brasileiro enfrenta um contexto desafiador, exigindo uma abordagem integrada para garantir a segurança do suprimento, promover a transição sustentável e enfrentar as complexidades das mudanças climáticas.

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