O Piauí está se destacando no cenário nacional como um dos principais produtores de energia limpa. Em julho, o estado ultrapassou a marca de 6 GW em capacidade instalada, distribuída em 178 usinas de energia solar e eólica. Essa potência impressionante é suficiente para abastecer mais de 3 milhões de residências, consolidando o Piauí como o terceiro maior gerador de energia renovável centralizada do Brasil.
A maior parte dessa energia vem dos 118 parques eólicos do estado, que juntos somam 4 GW de potência instalada. Os outros 2 GW são fornecidos pelos 60 parques solares. Esses números refletem o papel essencial do Piauí na produção de energia limpa, segundo Victor Hugo Almeida, presidente da Investe Piauí. “O Piauí já é um polo de energias renováveis, com um dos maiores parques solares do Brasil e o maior parque eólico da América”, destaca o gestor.
O avanço não para por aí. Em abril deste ano, o Piauí liderou a expansão de novos parques de energia solar e eólica no país, com a inauguração de 14 usinas e um aumento de 400 MW na capacidade instalada. Em 2022, o estado registrou o maior crescimento na geração de energia eólica no Brasil, com um aumento de 24,85% em comparação com o ano anterior.
O maior complexo eólico do país, localizado nos municípios de Lagoa do Barro do Piauí, Queimada Nova e Dom Inocêncio, foi inaugurado em 2021 e conta com uma capacidade instalada de 1,5 GW, fruto de um investimento da Enel Green Power. Além disso, o Piauí se prepara para receber o maior complexo de energia solar do Brasil, que será construído pela empresa espanhola Solatio em Bom Princípio do Piauí, com uma potência de 4 GW e previsão de início das obras em 2025.
Esse megaparque solar está ligado a outra ambição do estado: a produção de hidrogênio verde (h2v), considerado o combustível do futuro. A energia gerada pelo parque da Solatio será utilizada na usina de h2v que será instalada em Parnaíba, consolidando o Piauí como um protagonista na transição para uma matriz energética totalmente limpa. Segundo o governador Rafael Fonteles, “o Piauí produz cinco vezes mais energia do que consome, exportando o excedente para o Sudeste brasileiro. O próximo passo é transformar essa eletricidade em hidrogênio verde, atraindo ainda mais investimentos e consolidando o estado como líder em energia sustentável.”