Empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, estão recorrendo à energia nuclear para alimentar seus centros de processamento de dados de inteligência artificial (IA), que demandam quantidades massivas de eletricidade. Na última segunda-feira (14/10), o Google anunciou um acordo com a Kairos Power para usar pequenos reatores nucleares, conhecidos como SMRs (Small Modular Reactors), em seus data centers até 2035.
Esses reatores modulares podem ser integrados diretamente aos data centers, oferecendo uma solução de energia limpa e confiável, fundamental para sustentar o crescimento da IA, que consome até 80 megawatts por instalação, muito mais do que os 32 megawatts necessários para data centers convencionais.
A Microsoft também entrou nesse movimento, com um contrato de 20 anos para reativar a usina nuclear de Three Mile Island, que deve ser reaberta em 2028, após reformas. A Amazon, por sua vez, anunciou em março a compra de um data center movido a energia nuclear na Pensilvânia.
O apelo da energia nuclear para esses gigantes da tecnologia está no fato de ser uma fonte de energia de baixo carbono, capaz de operar 24 horas por dia e atender à crescente demanda energética de forma constante. No entanto, críticos, como o Greenpeace, alertam para os altos custos e os riscos associados, defendendo que as energias renováveis seriam uma opção mais viável e segura a longo prazo.
Com o avanço da IA, a busca por soluções energéticas mais eficientes e sustentáveis tornou a energia nuclear um recurso promissor, mesmo diante dos desafios de segurança e custo.