São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul se destacam como os líderes da energia solar no Brasil, registrando a maior potência instalada de energia fotovoltaica no país. É o que divulga a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), que mapeou o setor e revelou a ascensão de São Paulo como o novo protagonista da geração própria de energia solar.
Em São Paulo, a liderança na geração própria de energia solar foi alcançada recentemente, com mais de 2,4 gigawatts em operação, correspondendo a 13,8% da potência instalada nacionalmente. Minas Gerais, que ocupava o topo da lista desde 2012, agora ocupa o segundo lugar, com 13,7% da potência instalada. Os próximos no ranking são Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, respectivamente.
O estado paulista conta com mais de 282,5 mil conexões operacionais em seus 645 municípios, beneficiando mais de 329,7 mil consumidores de energia elétrica solar. Nos últimos 10 anos, a geração própria de energia solar atraiu mais de R$ 12,8 bilhões em investimentos para São Paulo, gerando mais de 74,5 mil empregos e arrecadando mais de R$ 3,5 bilhões aos cofres públicos.
O Rio Grande do Sul já ultrapassa os 2,1 gigawatts (GW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, representando 10,5% de toda a potência instalada de energia solar nessa modalidade. O estado possui mais de 242,5 mil conexões operacionais espalhadas por seus 497 municípios, beneficiando mais de 322,5 mil consumidores de energia elétrica, que desfrutam de redução na conta de luz.
Entre os fatores que contribuíram para o avanço da energia solar nos estados estão o maior conhecimento sobre os benefícios dessa fonte de energia, a queda de preços dos sistemas fotovoltaicos e os incentivos fiscais. A tecnologia fotovoltaica tem se tornado cada vez mais acessível, com queda de preços significativa nos últimos anos, o que tem impulsionado sua adoção. O preço médio da energia solar no Brasil registrou uma redução de 4% no último trimestre, alcançando R$ 4,22 por watt-pico (WP), unidade de potência utilizada para a aferição de painéis fotovoltaicos.
O governo de São Paulo tem desempenhado um papel importante nesse crescimento, determinando a isenção do ICMS para a geração de energia distribuída e centrais geradoras com potência instalada de até 1 megawatt. No caso da energia fotovoltaica, o imposto também passou a ser isento para a geração de até 5 megawatts. Essas medidas incentivaram ainda mais a expansão da energia solar no estado.
Além disso, a conscientização sobre os benefícios ambientais e a busca por fontes limpas e sustentáveis de energia têm impulsionado a adoção da energia solar. A tecnologia fotovoltaica tem um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas.
Os líderes da energia solar no Brasil têm se mostrado otimistas quanto ao futuro. A energia solar tem sido vista como uma alavanca para o desenvolvimento do país, contribuindo para a diversificação do suprimento energético, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e proporcionando economia na conta de luz dos consumidores. Além disso, a aplicação da energia solar em programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida e o Luz para Todos, e em prédios públicos pode trazer benefícios para a sociedade, reduzindo os gastos do governo com energia elétrica e direcionando mais recursos para áreas como saúde, educação e segurança pública.
Com a crescente adoção da energia solar, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul consolidam-se como os líderes nacionais nesse setor, impulsionando a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável no Brasil.
