Apesar das incertezas políticas com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, as energias renováveis, incluindo a solar, devem continuar competitivas no país. É o que aponta o mais recente relatório da Wood Mackenzie, empresa de análise de mercado de energia.
Segundo David Brown, diretor de transição energética da Wood Mackenzie, a demanda por energia solar fotovoltaica não sofrerá impactos significativos no curto prazo. Ele acredita que o governo Trump pode adotar regulamentações mais leves sobre emissões, políticas comerciais protecionistas e até retirar os EUA do Acordo de Paris. No entanto, esses fatores não devem frear a transição energética impulsionada pelo setor privado e pelo apoio bipartidário à Lei de Redução da Inflação (IRA).
Mesmo com o risco de alterações pontuais na IRA, a Wood Mackenzie prevê a adição de mais de 240 GW de capacidade renovável. Além disso, o pipeline de projetos solares contratados no país já soma quase 100 GW, garantindo crescimento estável do setor, apesar de desafios como gargalos de transmissão.
Trump, Empresas e expansão solar
Empresas de tecnologia como Google, Amazon e Meta também impulsionam a expansão solar. Além disso, grandes acordos de longo prazo com desenvolvedores solares e o crescimento acelerado de data centers são exemplos claros dessa demanda. Com mais de 51 GW de novos anúncios desde 2023.
Por outro lado, a nomeação de Chris Wright, CEO da Liberty Energy e defensor da indústria de petróleo e gás, como Secretário de Energia pode impactar as políticas energéticas. Especialistas alertam que mudanças substanciais na IRA poderiam colocar em risco o crescimento do setor solar americano.
Assim, apesar do cenário político, o relatório conclui que a energia solar nos EUA permanece robusta, com potencial de crescimento mesmo sob condições adversas de governança.